JM
Cunha Santos
“Morra, mas compre” parece ser esta a ordem de bolsonaristas lunáticos que, tendo seus lucros restringidos pela pandemia, fingem não entender que ao custo de mais de 2 mil mortes por dia e com um cenário projetado de 5 mil mortes diárias e mais de 70 mil novos casos de covid-19 a cada 24 horas, não há recuperação econômica possível. Seguem o líder, Jair Bolsonaro que reiteradas vezes deixou claro seu desprezo pela vida humana.
Essa
visão distorcida e falta de solidariedade nos aproxima dos 300 mil mortos por
uma doença que em um ano matou mais que todas as doenças e desastres juntos.
Não queriam máscaras, não queriam álcool gel, não queriam distanciamento social
e, cúmulo de todos os absurdos, politizaram a vacinação, retardaram a chagada
de vacinas o país, afundando o Brasil numa crise sanitária e de saúde pública
sem precedentes históricos.
O
resultado de toda essa insanidade é a falta de leitos, e leitos de UTI, de
oxigênio, de insumos médicos que garantam a salvação de vidas, são pessoas
morrendo nos corredores dos hospitais, às portas dos hospitais, profissionais da
medicina esgotados física e psicologicamente. E um país gigante como o Brasil, na
rabeira da imunização de 210 milhões de brasileiros.
A
resposta do senhor presidente da República é ingressar com ações no STF contra
as medidas restritivas de aglomerações, é ameaçar com estado de sítio, enquanto
as lágrimas de 300 mil famílias secam nos olhos e as bocas grudam à falta de
beijos, os braços se ressentem da falta de abraços e todas as mãos do país
imploram por um aperto de mão.
Aqui
também no Maranhão, uma casta de bolsonaristas aturdidos intentou organizar um
protesto contra o governador Flávio Dino por restringir a circulação de
pessoas, como fez e faz o mundo todo, enquanto prefeitos, banqueiros, associações
médicas, organizações jurídicas, médicos, enfermeiros, o povo e toda a elite
econômica do país pedem a decretação de lockdown no Brasil inteiro.
O
Maranhão se mantém entre os 4 estados em estabilidade e com o menor número proporcional
de mortos pela doença nesta fase mais crítica da pandemia. Fase em que o
governo Flávio Dino abriu 799 leitos em 2021, 301 deles de UTI, em que o
governo do Maranhão rompe todas as fronteiras e vai buscar 4,5 milhões de doses
da vacina Sputinik ao Fundo Soberano Russo, porque não é mais possível esperar
nada de positivo do Governo Federal.
Mas
eles não enxergam o esforço do governo do Estado e da população confinada, não
veem a falta de ar, não ouvem os gritos, nem mesmo ouvem o silêncio dos corpos
enterrados pelo país afora sem velórios nem orações.
Quanta
crueldade! Quanta crueldade é querer manter-se no poder, ostentando um discurso
genocida e em troca da morte de seus semelhantes!
“Morra,
mas compre! Compre agora. Salve nossas empresas e negócios, nossos bares e
restaurantes, mesmo que isso signifique não salvar sua própria vida”!
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