JM Cunha Santos
O
Brasil desperta da letargia que permitiu a ascensão do inominável governo de Jair
Bolsonaro ao poder e até impensáveis índices de aprovação do miliciano em
determinados momentos. A popularidade do governante brasileiro derrete mais
rápido que manteiga a 100 graus centígrados e lhe sobra apenas o argumento de
sempre, a ameaça à democracia: “ou é voto impresso ou não tem eleição”.
Assim,
o governo afunda na lama do autoritarismo, da corrupção e da indecência,
lambendo com a própria língua os dejetos da própria incompetência, enfrentando,
no Tribunal Penal Internacional, denúncias de crimes contra a humanidade no
enfrentamento à covid-19 e no combate à criminosa devastação da Amazônia.
A
CPI da covid expõe um tenebroso mar de corrupção no Ministério da Saúde. Luiz
Paulo Dominguetti, representante da empresa Davati Medical Suply, para citar
apenas um exemplo, denuncia que o diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto
Ferreira Dias cobrou a propina de 1 dólar por vacina, durante jantar no
restaurante Vastos (Brasília Shopping) para fechar um contrato com o Ministério
da Saúde.
Escancaram-se
as guelras dos tubarões milicianos e, em meio a 120 pedidos, 54 % da população
brasileira se manifesta a favor do impeachment de Jair Bolsonaro cujo índice de
rejeição atinge 59 % do eleitorado do país. Enquanto isso, os principais
institutos de pesquisa apontam, em todos os cenários, uma vitória de Lula ainda
no primeiro turno.
Essas
certezas, que se avultam aqui e na comunidade internacional, a exemplo do
último “Fora Bolsonaro”,
exacerbam
os sonhos golpistas de um presidente em franca decadência que só consegue ver
no derramamento do sangue do povo brasileiro, a única saída para se manter no
poder. Mas aqui não é o Haiti...aqui o poder não será disputado a golpes de
facão e baionetas por tiranetes e milícias.
Aqui
é o Brasil e mil vivas à liberdade, à paz e à democracia!
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