Fundação alerta que unidades da Federação com alta taxa de ocupação de leitos de UTI precisam adotar "medidas urgentes de bloqueio para conter a crise sanitária"
O nível crítico de
ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para covid-19 em 25
estados e no Distrito Federal fez a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recomendar
a essas unidades da Federação a adoção de medidas urgentes de bloqueio para conter
a crise sanitária e o colapso do sistema de saúde, como lockdown e toque de
recolher.
Um boletim sobre a doença
elaborado por pesquisadores da Fiocruz e divulgado nesta terça-feira (23/3)
alerta que, à exceção de Amazonas e Roraima, todos os outros entes federativos
estão com mais de 80% dos leitos ocupados. Os números mais alarmantes são os
das regiões Sul e Centro-Oeste, em que todos os estados e o Distrito Federal
estão com taxas superiores a 96%.
No Mato Grosso do Sul, em
especial, o valor é de 106%. Segundo a Fiocruz, isso indica o uso de leitos não
habilitados para covid-19 no atendimento da demanda imposta ao sistema de saúde
pela enfermidade.
Os números elevados, de
acordo com os pesquisadores, "retratam o colapso do sistema de saúde para
o atendimento de pacientes que requerem cuidados complexos para a covid-19,
além de prejuízos imensuráveis no atendimento de pacientes que demandam
cuidados em razão de outros problemas de saúde".
Os cientistas ressaltam
que "medidas rigorosas para o controle e prevenção da doença, que começam
a ser adotadas no país, são fundamentais para interromper a tendência de
descontrole da pandemia, mitigando efeitos sobre o sistema de saúde e,
especialmente, poupando vidas".
"Neste momento de
crise é urgente a adoção rigorosa das medidas de bloqueio da transmissão na
quase totalidade dos estados e capitais que se encontram na zona de alerta
crítica, bem como nos municípios que integram regiões de saúde onde há altas
taxas de ocupação de leitos UTI covid-19", diz o documento da Fiocruz.
Com informações Correio
Braziliense
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