terça-feira, 23 de março de 2021

Maranhão tem o menor número de mortes por covid-19 no país, 8 nas últimas 24 horas, apesar da fúria da doença no Estado

JM Cunha Santos


O Maranhão registrou 30 mortes por covid-19, conforme boletim da Secretaria de Estado da Saúde divulgado nesta segunda-feira, 22. Destes óbitos, 8 ocorreram nas últimas 24 horas e os restantes 22 em semanas e dias atrás. Permanece, assim, entre os 3 estados em estabilidade e o primeiro do país com menos mortes pela doença.

É, apesar de toda dor e possibilidade de oscilação para cima, um sinal de esperança, que corrobora a determinação do governador Flávio Dino que tem como foco principal salvar vidas, a despeito da lógica genocida do governo Bolsonaro. Diferente de estados como São Paulo que nas últimas 24 horas registrou 1021 mortes, uma a cada 85 segundos e Rio de Janeiro que registrou 231 óbitos, maior número desde junho do ano passado.

Esse sinal de esperança é uma mostra de que o distanciamento social é o melhor remédio contra a pandemia, um aviso de que  não podemos nos permitir afrouxar as regras laboradas pela Ciência. Temos, ainda, que evitar aglomerações, usar máscaras e atender a todas as exigências das medidas restritivas decretadas pelo governo, principalmente as que restringem a circulação de pessoas. Afinal, o número de casos da doença cresce praticamente em todos os municípios do Estado.

Os hospitais do Estado continuam atuando no limite da ocupação dos leitos de UTI, a despeito dos 799 leitos novos implantados pelo governo do Estado e dos 279 que o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo Bolsonaro a enviar para o Maranhão.

Ressente-se o Maranhão ainda da falta de leitos, da escassez de oxigênio, de insumos básicos para a intubação e, aqui, como de resto em todo o país, os profissionais da saúde se tem por esgotados física e psicologicamente, no travar da batalha mais estafante de suas vidas e que já dura mais de um ano.

Em suma, ainda corremos todos nós riscos de morte diante de uma pandemia impiedosa que parece ter aliados no Palácio do Planalto e reservou sua fase mais crítica para o Brasil.

“As próximas semanas serão ainda piores diante do quadro que a gente tem hoje. A gente tem hoje o pior momento no enfrentamento da pandemia em um ano”, disse o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, revelando o temor de que falte medicamentos para intubação.

De forma que, se não afrouxarmos as rédeas do combate ao coronavírus, pessoa por pessoa, cada autoridade posta, até que se conclua a vacinação, poderemos alcançar bons resultados no combate a esse mal do século. O contrário disso, será um desastre ainda maior do que o que estamos vivendo agora.

Resiste, Maranhão!    

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