JM
Cunha Santos
É
abissal a distância entre o governo de um ser humano (Lula) e o governo de um
monstro (Jair Bolsonaro). Ontem, a ministra do STF, Rosa Weber suspendeu os
efeitos de quatro decretos de Jair Bolsonaro que passariam a vigorar também na
segunda-feira. A decisão atende a uma Ação Direta de Inconstitucionalidade do
PSB e ainda depende de referendo do plenário do Supremo.
Os
decretos revelam uma sede de sangue abominável de parte do Senhor presidente da
República. Autorizam a posse de 6 armas de fogo por civil no país e 8 por
agente estatal, tira o controle do Exército sobre a aquisição de munição que a
partir daí pode ser comprada em qualquer quantidade por entidades e escolas de
tiro e, monstruosidade de todas as monstruosidades, autoriza a prática de “tiro
esportivo” por adolescentes a partir de 14 (eu disse 14) anos de idade.
E
vai mais longe: não será mais exigida capacidade técnica, nem aptidão
psicológica (doidos, psicopatas e afins também vão poder manusear armas) para
uso de armas de fogo, nem autorização prévia do Exército para aquisição.
Dá
a impressão de que o presidente sonha com uma carnificina astronômica,
ilimitada, num país em que, em média, 45 mil pessoas já são assassinadas com armas
de fogo todos os anos. Ou, então, espera com isso, como frisou um cientista
político, criar um imenso esquadrão da morte disposto a tudo para mantê-lo no
poder.
A
distância entre Lula e esse presidente sádico é abissal, repito. E é também uma
questão de escolha entre educação e ciência e a morte. Que o digam as 350 mil
vítimas fatais da covid-19 no Brasil.
Os
governos Lula e Dilma criaram 18 universidades no país, espalharam 173 campus
universitários pelo interior do Brasil, elevando de 505 mil para 932 mil o
número de estudantes em cursos superiores, a maioria gente que não se formava
por absoluta falta de universidades em suas regiões. Sem contar 300 institutos
técnicos federais que foram criados no governo do ex-presidente, interiorizando
de forma surpreendente a educação.
Por
outro lado, e mais uma vez em razão dos efeitos da crise do coronavírus na
economia e paralisação do comércio, o governador Flávio Dino decidiu antecipar
metade do décimo terceiro salário dos servidores militares e civis, injetando R$
362 milhões na economia do Estado, abrindo portas para mais geração de
empregos. Bolsonaro prefere ameaçar que pode não ter mais como pagar servidores
civis e militares. Uma falácia sem tamanho.
E
essa é a grande diferença entre os que governam com amor ao povo e quem, como
Bolsonaro, governa com ódio do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário