O
governador do Maranhão, Flávio Dino, defendeu hoje, em evento de filiação ao
PSB, que o projeto do partido para as eleições de 2022 se faça com um debate
amplo e que não fique restrito apenas à esquerda. Ele também negou que esteja
entrando no partido para induzi-lo a apoiar Lula na disputa eleitoral de 2022,
embora tenha reafirmado que todos conhecem sua posição. Junto de Dino,
filiou-se ao partido também o deputado federal Marcelo Freixo (RJ).
"Com todos o respeito que eu tenho sobre
a direção desse partido, eu venho trazer uma palavra em defesa de uma união em
que os comunistas estejam presentes, os socialistas estejam presentes, os
trabalhistas estejam presentes, os lulistas e petistas estejam presentes, mas
também os liberais progressistas, os como eu adeptos da doutrina social da
igreja, os católicos progressistas, evangélicos progressistas e sobretudo
aqueles que não têm opinião política. É a eles que nós temos que falar. Acima
de tudo", afirmou Dino, após afirmar que "derrotar Bolsonaro não é
tarefa de muitos, mas tarefa de todos".
"Esta eleição de 2022 não é uma eleição
qualquer. Não é uma eleição a mais. Pois é uma batalha fundamental em torno de
tudo que nós conseguimos concretizar. Plasmado sobretudo na Constituição de
1988. Eleição de 2022 é plebiscito entre aqueles que querem a continuidade da
democracia com o povo e um projeto de extermínio nacional e popular e de
destruição da nação. É isso que está em jogo. Nós nao podemos cometer
erros", afirmou.
Ao se filiar, Flávio Dino lembrou que gostaria
muito que fosse possível ter sua ficha abonada por Eduardo Campos. O filho do
ex-governador de Pernambuco disse também em sua fala que o pai sempre quis ter
Dino em sua legenda. "Talvez ele não estaria aqui porque seria presidente
da República e teria outras tarefas. Mas estar no PSB, me filiar, também é uma
forma de homenagear Eduardo Campos".
Nos bastidores do partido, o grupo da família
Campos é a principal resistência a uma aliança com o PT. Dino, porém, rechaçou
que esteja entrando no partido para isso.
"(Dizem que há um) plano mirabolante
para, de fora para dentro, dominar o PSB e levá-lo a uma certa posição que, no
caso, seria, ou será, o apoio ao ex-presidente Lula. Fantasia. Mistificação.
Embora todos saibam da minha posição, e eu tenha orgulho dela. Ninguém aqui
está enganado quanto àquilo que eu defendo. Mas jamais teria essa pretensão de
subordinar um partido com a tradição e com a beleza que o PSB tem a interesses
imediatistas. Não. Faremos o bom debate", disse.
Com
informações de O Tempo
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