Gerardo Hernández, Ramón Labañino e Antonio
Guerrero viraram heróis.
Hernández não via sua mulher, Adriana Pérez, há 16 anos.
Hernández não via sua mulher, Adriana Pérez, há 16 anos.
Da EFE
O
presidente de Cuba, Raúl
Castro, recebeu nesta quarta-feira (18) em Havana os três agentes
cubanos que estavam presos nos Estados
Unidos desde 1998, em um encontro que foi transmitido pela televisão
estatal, no qual se abraçaram e trocaram agradecimentos.
Horas
depois que o próprio Castro confirmou a chegada dos agentes ao país em um
pronunciamento exibido na televisão por volta do meio-dia, um telejornal
nacional divulgou as primeiras imagens dos 'heróis', como são conhecidos em
Cuba.
"Estou
orgulhoso de vocês pela resistência que mostraram, pelo valor e pelo exemplo
que isso representa para todo nosso povo", disse Castro aos agentes,
segundo o noticiário televisivo.
Também
foram exibidas imagens do reencontro de Gerardo Hernández, Ramón Labañino e
Antonio Guerrero com seus familiares. O de Hernández com sua mulher, Adriana
Pérez, foi especialmente emocionante, já que ela não o via há 16 anos, pois
nunca obteve permissão dos EUA para visitá-lo na prisão.
Após sua
chegada em Havana, Hernández, Labañino e Guerrero foram recebidos nas ruas
pelos moradores e visitaram o cemitério para homenagear seus familiares mortos
no período em que permaneceram detidos.
Hernández,
Labañino e Guerrero fazem parte do grupo conhecido como 'Los Cinco', detidos em
1998 nos EUA quando o FBI desmantelou a rede de espionagem cubana 'Avispa'
(vespa, em espanhol), que operava no sul da Flórida.
Todos
admitiram que eram agentes do governo cubano 'não declarados' nos EUA, mas que
seus alvos eram 'grupos terroristas de exilados' que conspiravam contra o então
presidente Fidel Castro, e não contra o governo americano.
O grupo
foi julgado e condenado a longas penas de prisão em 2001 e seu caso se
transformou em mais um ponto de controvérsia no longo e tenso contencioso entre
Havana e Washington.
Considerados
'heróis' e 'lutadores antiterroristas' em Cuba, o grupo também era formado por
René González e Fernando González, que retornaram a Havana em 2013 e em
fevereiro deste ano, respectivamente, depois que cumpriram suas penas.
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