Mais de 200 cidades brasileiras serão
palco neste domingo de protestos contra o governo federal e a presidente Dilma
Rousseff. Os organizadores esperam reunir cerca de 100.000 pessoas nas
principais passeatas, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Não existe, porém, uma
estimativa oficial das secretarias de Segurança Pública. Também haverá
manifestações contra Dilma no exterior, em frente a embaixadas brasileiras e em
pontos turísticos na América do Sul, Europa e Estados Unidos.
A organização dos protestos se divide
sobretudo entre três grupos: Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados
Online. Os organizadores convocam os manifestantes pela internet e pelo
aplicativo de celular Whatsapp. O MBL e o Revoltados Online defendem o impeachment imediato da presidente - o segundo,
apoia ainda a intervenção militar. Integrantes de partidos da oposição, como
DEM, Solidariedade, PPS e PSDB também prometem aderir ao protesto.
A manifestação em âmbito nacional ganhou
força e peso político depois do panelaço durante o pronunciamento de Dilma na
TV no último domingo e das vaias a ela numa feira da construção civil em São
Paulo. A repercussão e a dimensão das marchas, ainda pouco previsíveis,
preocupam o Palácio do Planalto, mas setores da oposição também hesitam em
apoiá-las porque temem acarem associados aos articuladores do impeachment - o que o PSDB, por exemplo, é
declaradamente contrário neste momento. Na quinta-feira, a presidente disse que
encara as manifestações "com tranquilidade". Sindicatos e movimentos
sociais ligados ao PT promoveram uma manifestação na sexta para
tentar blindá-la e arrefecer a mobilização pela saída da presidente.
A rotina
da capital paulista neste domingo foi
alterada por causa das manifestações: houve mudanças nos horários de eventos
políticos, culturais e até esportivos. Algumas passeatas ocorrerão pela manhã,
a partir das 9 horas. Mas as principais marchas nas capitais foram agendadas
para a tarde e devem começar simultaneamente, a partir das 14 horas. O
policiamento será reforçado para garantir que as manifestações transcorram sem
confrontos. Haverá grupamentos das tropas de choque em alerta.
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