JM
Cunha Santos
Tem
alguma coisa de insondável no insípido artigo de Sarney “O Maranhão engatou a
marcha a ré”. Engatou. E já faz tempo, o que ele não disse. O Maranhão vinha de
ré, descendo a ladeira do atraso e da miséria, quando Sarney surgiu, tomou o
volante nas mãos, pisou no acelerador achando que era o freio e provocou um
histórico desastre.
A
Alumar está demitindo porque Roseana Sarney e companhia fizeram a economia do
Maranhão completamente instável e insustentável, para qualquer empresa, por mais
rica e poderosa que fosse. Aliás, a Alumar é o que sobrou de uma modelo
econômico que privilegiou os ratos emplumados e sacrificou os trabalhadores,
porque o resto do “parque industrial” afundou no aterro bilionário da Refinaria
Premium I.
Pelo
que se percebe, Sarney é um péssimo motorista, não tem noção de tempo, nem de
espaço, dirige realmente muito mal. Parece até que recebeu a carteira de
habilitação em troca de terceirizações no Detran. Flávio Dino, ao contrário,
tem se mostrado um verdadeiro piloto de fórmula 1 nas escuderias Justiça Social
e Combate à Corrupção.
Se
a Ferrogusa demitiu 500 trabalhadores e a Ferromar e a Gusa Nordeste também
estão demitindo, louve-se o governo Roseana Sarney que encerrou totalmente
despreocupado de desenvolvimento e totalmente preocupado com envolvimento. Na
Operação Lava Jato.
Ele
diz que as vendas no comércio caíram 10 %. Caíram mesmo. Caíram muito mais.
Principalmente no comércio de publicidade oficial com o Sistema Mirante de
Comunicação. Lamenta que o Maranhão tenha perdido lugar tão importante quanto o
Ministério das Minas e Energias. Quanto às minas ninguém sabe para que paraíso
fiscal eles levaram, mas as energias estão sendo economizadas para escapar da
Justiça Federal.
Sarney
conta como recebeu o Estado no longínquo 1965. Sem universidades, apenas um
navio no porto por semana, nenhum quilômetro de asfalto etc., mas não conta
como deixou: campeão de analfabetismo, campeão de mortalidade infantil, campeão
de pobreza absoluta, de desnutrição funcional, só para citar apenas algumas
obras.
No
final, confessa porque está tão decepcionado. Fecharam a Fundação da Memória
Republicana Dele, (80 % de inflação e popularidade abaixo de um dígito) paga
com dinheiro público e tiraram de uma escola o nome de seu guru: Emílio
Garrastazu Medici, o mais provável indicado brasileiro ao Prêmio Nobel de
Tortura e Desaparecimentos, se esse prêmio houvesse.
E
eu, que também creio, peço a Deus por minha gente: Sarney, nunca mais!
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