O único entre os líderes do grupo
Sarney que acompanha de longe o desenrolar da Operação Lava Jato, o
presidente estadual do PMDB, senador João Alberto, provou que é quem de
fato comanda os rumos do partido no estado.
Na semana passada, o atual presidente do Conselho de Ética do Senado
mostrou as garras de “carcará” e convidou o ex-secretário de Saúde do Estado,
Ricardo Murad, deixar o partido e levar junto sua filha, a deputada
Andrea Murad. A decisão do dirigente peemedebista foi comunicada à
ex-governadora Roseana Sarney após a mesma tentar convencê-lo a solicitar que o
deputado Roberto Costa se retratasse das acusações feitas ao seu cunhado.
A reação de João Alberto ao pedido de
Roseana é mais um capítulo na crise que consome o PMDB no Maranhão. Tudo
começou com um discurso da deputada Andrea Murad defendendo a
expulsão do prefeito de Bacuri, Richard Nixon, preso sob acusação de crime de agiotagem.
Roberto Costa defendeu o prefeito aliado e sugeriu a expulsão de Ricardo Murad
por conta dos inúmeros processos que responde.
A ex-governadora, tentando dar uma de
bombeiro, chamou os dois para uma conversa isolada e exigiu que Roberto
pedisse desculpas a Ricardo. Obteve como resposta um sonoro não. Diante da
recusa do parlamentar, Roseana correu para João Alberto e ordenou que ele
obrigasse Roberto a se retratar. O senador disse que não faria isso, que
Roberto Costa estava com e razão, que ele não iria se desculpar. Para
completar, ofereceu a porta da rua do partido para Ricardo e sua filha, sem o
risco da perda do mandato.
Contrariada em seu desejo
de humilhar Roberto Costa, a ex-governadora correu para Brasília e foi reclamar
com o presidente nacional do PMDB, vice-presidente da República, Michel Temer,
mas a lamentação não surtiu efeito. Temer, segundo fontes fidedignas, escutou o
choro da Roseana, mas fez de conta que não ouviu.
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