JM
Cunha Santos
Há
que se ter um mínimo de escrúpulos em escaramuças políticas de qualquer
natureza. Não é o que está acontecendo. Talvez que no afã de tirar o foco da
notícia das enroladas de Roseana Sarney e Lobão com a Polícia Federal, o
Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, a mídia sarneisista está
cometendo a mais insana das indignidades, usando recém nascidos e crianças mortas
como matéria do ódio político que os alimenta.
Primeiro
foi o caso de Coroatá, a tentativa de responsabilizar o governo do Estado pela
morte de crianças, inventando falta de oxigênio, falta de energia elétrica,
praticando, conforme o juiz que julgou o caso, um jornalismo distorcido. Agora
se aproveitam do sofrimento de um bebê adoecido, já em tratamento em São Paulo,
pago em tempo pelo governo do Maranhão, para fazer política.
Nem
vou entrar no mérito da questão. Apenas dizer que é monstruoso usar crianças
mortas e crianças doentes para faturar politicamente em cima dos adversários.
Falta piedade com o sofrimento dos pais. Aliás, nem vou lembrar o quanto alguns
dessa mídia foram impiedosos com o hoje governador Flávio Dino quando seu filho
morreu em virtude de erro médico.
A
crueldade dessa gente em defesa de seus interesses mesquinhos extrapola
qualquer nível de desumanidade. Pelo amor de Deus, tragédias familiares não são
para serem usadas em pugilatos políticos. Deixem pelo menos os bebês doentes e
as crianças mortas longe da sujeira que gostam de espalhar.
Isso
não é jornalismo. É crueldade. Crueldade sem limites. E dá vontade de vomitar.
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