JM
Cunha Santos
Desde
que o governador Flávio Dino assumiu, o sarneisismo anda louco atrás de cadáveres.
E não faz disso nenhum segredo. Até pessoas mortas em outros estados foram fotografadas
e expostas como sendo do Maranhão na tentativa de desmoralizar o atual governo.
O que foi publicado nas páginas do jornal de Sarney e imediatamente repreendido
pela Secretaria de Comunicação do Estado.
Fizeram
todo tipo de ilação e especulação em torno do desaparecimento de uma advogada no
Fórum, levantando suspeitas de sequestro e assassinato e divagando em cima da
opinião pública em torno da insegurança no Maranhão. Com problemas de dispersão
sensorial, a advogada estava mais viva do que o lendário Reis Pacheco. Em outro
Estado.
E
cada um dos jornais da TV Mirante foi transformado, de uma hora para outra, em
revista eletrônica de crimes, no intuito de responsabilizar o governo até por
briga de vizinhos.
Agora,
índios inocentes manipulados por empresários e deputados que querem arrancar
nada menos que R$ 50 milhões dos cofres públicos, estão acorrentados e em greve
de fome na Assembleia, enquanto outros índios comem churrasco distribuído pelo
deputado Adriano Sarney na porta do Palácio dos Leões.
As
correntes, associadas à fome prolongada, podem provocar embolia, insuficiência
cardíaca, trombose e, queira Deus que não, o governo pode ter que lidar com o
cadáver de um indígena dentro da sede do Poder Legislativo.
É
tudo o que o sarneisismo quer! É a arma perfeita para longos dias de noticiário
local, nacional e internacional contra o governo Flávio Dino. Além disso, o
fato de ser empresário ou deputado não dá a ninguém o direito de sitiar instituições
públicas, no caso, o Poder Legislativo do Estado do Maranhão. Principalmente
usando pessoas relativamente inimputáveis e inocentes do que estão fazendo na mais
bárbara manipulação.
Se
existe uma pauta de reivindicações própria dos índios, que ela seja discutida e
solucionada e dentro dos parâmetros da convivência democrática. Mas democracia
é uma coisa. Falta de respeito, arrogância, fascismo, são outras bem diferentes.
Essa gente precisa se acostumar com a ideia de que não é dona do Maranhão.
Por
todas essas razões, a Presidência da Assembleia deve pedir aos índios que se
retirem de lá. Se não conseguir, que chame a Funai, a polícia, a Polícia
Federal e os retire, por mais doloroso que seja e para seu próprio bem.
As
instituições públicas não podem ser subjugadas por ações terroristas de quem
quer que seja. Acorrentar e induzir índios a greve de fome é uma prática próxima
demais do terror.
É
melhor lidar com uma notícia negativa agora que ficar na perspectiva de uma
tragédia que, se acontecer, ganhará proporções continentais. E há um momento em
que, acima mesmo de suas convicções políticas e democráticas, um governo
precisa se defender.
Sr. Cunha Santos, imagine essa cena no governo Roseana, o que o senhor Escreveria? Já estou com o texto pronto na minha mente de como seria.
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