quarta-feira, 29 de julho de 2015

“Terra das águas”

Editorial JP, 29 de julho


Os 156.584 hectares dos Lençóis Maranhenses, entre os municípios de Barreirinhas, Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão, formam um dos mais belos espetáculos da natureza em todo o mundo, um íntimo e instigante deserto cercado de oásis por todos os lados, com 270 Km  de extensão e 90 mil hectares de dunas livres e lagoas de água doce.
Dito assim soa como matéria de anúncio turístico, mas, no caso, é preciso ver para crer o oceano de belezas que oculta o empobrecido estado do Maranhão.
Essa a missão que se impôs a equipe de reportagens da TV Record que em 5 episódios com duração de 15 minutos, (Terra das águas) exibirá alguns dos principais valores culturais, turísticos e ecológicos do Maranhão, incluindo São Luís, Lençóis Maranhenses, Delta das Américas e Chapada das Mesas. Para todo o Brasil e mais 150 países, através da Record Internacional. Como disse a secretária de Turismo, Delma Andrade, “nossa expectativa é que as reportagens apresentem parte das inúmeras experiências que o turista poderá vivenciar em nosso Estado”.
E vivenciará, mesmo, sempre que aqui vier, percorrendo o “caminho das águas”, abalroando as 73 ilhas do Delta das Américas, fincado no Delta do Rio Parnaíba e o fabuloso encontro do rio Parnaíba com o Oceano Atlântico. O Delta do rio Parnaíba é, provavelmente, o único delta em mar aberto, somente comparável aos deltas do rio Mississipi, nos EUA, rio Nilo, no continente africano e rio Mekong, na Ásia.
A Chapada das Mesas, já descrita como um paraíso rodeado de árvores retorcidas e paredões de rochas, abriga 89 cachoeiras, inclusive as impressionantes cachoeiras gêmeas, em Carolina, e 400 nascentes de águas cristalinas. Outro espetáculo de beleza esfuziantes, no sul do Maranhão, entre os municípios de Carolina, Riachão e Estreito.
Descrita em milhares de canções e toadas, a cidade de São Luís reúne um dos maiores acervos arquitetônicos coloniais de que se tem notícia no Brasil. É a terra das grandes diversidades culturais populares, ornada pela magia dos tambores indígenas e africanos e dona de uma poesia tão pungente que afeta a grande maioria da população, incluindo as “lentas ladeiras que sobem angústias”, os beirais, azulejos, um verdadeiro estuário de encantamentos, lendas e paixões.
Será este, certamente, um conjunto de reportagens que encantará o turismo, visto que poucas terras no mundo sabem ser tão bonitas como aqui; uma aventura magistral para os repórteres e para os olhos do telespectador desavisado e surpreendido com as belezas naturais e culturais do Maranhão.

Não esquecendo que a série de reportagens focará também os graves problemas sociais nessas regiões, tão antigos, mas que, ainda assim, haveremos de vencer. Afinal, há muita coisa no Maranhão que o mundo precisa ver. 

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