sexta-feira, 28 de agosto de 2015

João Abreu estuda fazer delação premiada


Cada vez mais enrolado nas investigações sobre o pagamento de propina para adiantamento de precatórios à Constran, João Abreu pode recorrer ao benefício da delação premiada para uma possível redução de pena. Fonte próxima ao ex-secretário da Casa Civil afirma que durante a quinta-feira (27), João Abreu ouviu vários advogados sobre o assunto e passou a maior parte do dia ao telefone.
Desde que deixou o posto de secretário-chefe da Casa Civil do governo Roseana Sarney, João Abreu tem ficado cada vez mais isolado da ex-governadora e demais figurões do PMDB maranhense. Ele não dorme mais em casa e frequentemente é visto no Number One, na Ponta d’Areia. Se sentindo abandonado, ele tem dito aos mais próximos que não vai pagar sozinho. A cada desdobramento da Operação Lava-Jato sobre o pagamento de propina à Constran, o nome dele fica cada vez mais em evidência.
Esta semana, a Polícia Civil do Maranhão indiciou João Abreu por corrupção. Ele é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propinas para garantir o pagamento de precatório de R$ 134 milhões à Constran. João Abreu é citado nas delações do doleiro Alberto Youssef e também nos depoimentos da ex-contadora do doleiro, Meire Poza, e do sócio do doleiro no laboratório Labogen, Leonardo Meirelles.

Em junho deste ano, Alberto Youssef prestou depoimento na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, à Polícia Civil do Maranhão e reafirmou a participação de João Abreu no pagamento de propina para o adiantamento de precatórios. Até o momento, João Abreu tem se manifestado sobre as acusações apenas através do advogado Carlos Seabra que afirma que o cliente nega ter recebido qualquer valor durante o período em que foi chefe da Casa Civil.

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