Cada
vez mais enrolado nas investigações sobre o pagamento de propina para
adiantamento de precatórios à Constran, João Abreu pode recorrer ao benefício
da delação premiada para uma possível redução de pena. Fonte próxima ao
ex-secretário da Casa Civil afirma que durante a quinta-feira (27), João Abreu
ouviu vários advogados sobre o assunto e passou a maior parte do dia ao
telefone.
Desde
que deixou o posto de secretário-chefe da Casa Civil do governo Roseana Sarney,
João Abreu tem ficado cada vez mais isolado da ex-governadora e demais figurões
do PMDB maranhense. Ele não dorme mais em casa e frequentemente é visto no
Number One, na Ponta d’Areia. Se sentindo abandonado, ele tem dito aos mais
próximos que não vai pagar sozinho. A cada desdobramento da Operação Lava-Jato
sobre o pagamento de propina à Constran, o nome dele fica cada vez mais em
evidência.
Esta
semana, a Polícia Civil do Maranhão indiciou João Abreu por corrupção. Ele é suspeito
de ter recebido R$ 3 milhões em propinas para garantir o pagamento de
precatório de R$ 134 milhões à Constran. João Abreu é citado nas delações do
doleiro Alberto Youssef e também nos depoimentos da ex-contadora do doleiro,
Meire Poza, e do sócio do doleiro no laboratório Labogen, Leonardo Meirelles.
Em
junho deste ano, Alberto Youssef prestou depoimento na carceragem da Polícia
Federal, em Curitiba, à Polícia Civil do Maranhão e reafirmou a participação de
João Abreu no pagamento de propina para o adiantamento de precatórios. Até o
momento, João Abreu tem se manifestado sobre as acusações apenas através do
advogado Carlos Seabra que afirma que o cliente nega ter recebido qualquer
valor durante o período em que foi chefe da Casa Civil.
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