Paulo de Tarso Lyra /Correio
Braziliense
Por 11 votos a 9, os deputados do Conselho de Ética
decidiram não aceitar o pedido de vista e dar sequencia à votação do parecer
que vai definir o destino do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O
presidente do Conselho, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), submeteu a voto a
possibilidade de pedido de vista apresentado pelo deputado Genecias Noronha
(SD-CE) que poderia adiar, pela oitava vez, a votação do relatório favorável ao
prosseguimento das investigações no colegiado.
A sessão esta longe de terminar, devido ao impasse na Casa. O deputado Manoel
Júnior (PMDB-PB), apresentou recurso a Comissão de Constituição e Justiça da
Casa. Para o deputado Carlos Marun (PMDB-MT) não conceder vistas ao novo
relatório abriria um precedente perigoso para Casa. “Teremos cerca de 50
representações contra parlamentares dessa Casa, nos próximos meses. Impedir
pedidos de vistas seria cerceamento perigoso a defesa”.
O deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou que o recurso não suspende a sessão
do Conselho de Ética. “Se alguém não pode reclamar de cerceamento de defesa é o
presidente Eduardo Cunha. Hoje pela manha houve operação de busca e apreensão
na residência oficial do presidente, no escritório político dele no Rio e na
Diretoria-geral da Câmara”, protestou Delgado. Ele lembrou que as ações
expuseram Cunha, a família dele, a própria Câmara e a igreja, a qual ele é
seguidor. “A instituição tem que estar acima do presidente da casa”, pediu
delgado.
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