Editorial JP, 19 de janeiro
Foi um dia daqueles. Material para a
imprensa conversar um mês inteiro ou mais. As especulações rondavam o mundo
político. Os “chutes” eram tantos que as canelas do governo ardiam. Mas em
entrevista convocada para a manhã de ontem, na qual se propôs a apresentar uma
síntese das ações de Governo, Flávio Dino surpreenderia a muitos ao anunciar a
fusão das secretarias de Cultura e Turismo e a ida de Felipe Camarão para a
Secretaria de Governo, pasta em fase de criação.
O governador destacou as ações de que
mais se orgulha, como a economia de R$ 300 milhões neste primeiro ano de
governo, a transparência conquistada num Estado que ocupava o último lugar
neste item nos relatórios da CGU, o combate à corrupção e, principalmente, a
eleição de prioridades sociais. Mas se a vitória social, da transparência e o
direcionamento correto dos gastos públicos não eram novidades, o twiter nos abasteceria
de muitas surpresas. O governador anunciou, logo em seguida, também as fusões
das secretarias de agricultura e pesca, sob comando de Márcio Honaiser e de
assuntos políticos e comunicação, gerenciada pelo jornalista Márcio Jerry.
O governo que criou o Mais IDH, o Escola
Digna, o Mais Bolsa Família Escola, programa que implementa 650 mil cartões de
crédito e vai atender mais de 1 milhão de crianças; que criou a Secretaria da
Agricultura Familiar e deu apoio ao empresariado maranhense, inclusive através
de desonerações tributárias, busca se proteger da crise nacional propondo uma
economia imediata de R$ 100 milhões, através de cortes em terceirizações e
contratos e o contingenciamento de 30 % nas despesas de custeio. Afinal, o
governo sabe que a crise também está aqui e percebe isso quando contabiliza uma
redução de 17 % no Fundo de Participação dos Estado. Sem contar a dívida
externa indexada ao dólar que não para de subir e pulou, por exemplo, de uma
parcela de R$ 120 milhões com o Bank of América para 168 milhões.
Prioridades sociais que até o ano
passado estavam esquecidas, como a segurança pública que incorporou 1.500 novos
policiais militares e civis e deve receber, de janeiro a abril mais 300
viaturas. E garante o governador que os investimentos em segurança não serão
atingidos. Até porque esses investimentos fizeram com que o Maranhão fosse o
Estado que mais reduziu o número de homicídios em 2015. Prioridades como
as Unidades de Segurança Alimentar que de 6 no Maranhão devem chegar a 42.
Prioridades que servem ao mais importante: o combate às eternizadas
desigualdades sociais e regionais no Maranhão.
À saraivada de perguntas dos repórteres
o governador respondeu com a tranquilidade de quem sabe o que está dizendo e o
que está fazendo. Sobre abastecimento d’água, BR 135, rodovias, críticas e fogo
amigo, rodovias, dívidas na saúde pública, na educação etc. Foi sim, um dia
daqueles. De fusões, confusões e contusões. Mas tudo indica que o Maranhão está
no caminho certo.
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