Editorial JP, 17 de fevereiro
Os primeiros sinais de reacomodação
político- partidária, a chamada dança das cadeiras, em todos os sentidos e
também em virtude da presença do ano eleitoral, começam a ser percebidos. O
governo deu posse, ontem, aos novos secretários, de certa forma reforçando a
tese de que 2016 reafirmará a liderança da coligação que elegeu Flávio Dino
governador do Maranhão até o ano de 2018.
Sarney está isolado. Não tem nomes, nem
moral nem eleitoralmente, para disputar a eleição municipal de São Luís. Sua
esperança era que uma cisão de Eliziane Gama com o poder nada circunstancial
que o sucedeu lhe garantisse algum lastro para a eleição de 2016. Mas ao que
parece Eliziane não está disposta a dar murro em ponta de faca e tudo indica
que vai solfejar no ninho tucano. Na REDE, Eliziane corre o risco de cair.
Sarney também enfrenta problemas de
ordem política dentro de seu próprio grupo e de sua própria família. Sarney
Filho e Roseana Sarney não se entendem sobre o futuro do PMDB, sobre
candidaturas e um racha iminente parece inevitável. Para fechar o cerco, a
popularidade do governador Flávio Dino junto ao eleitorado se revela cada vez
mais consistente.
Os partidos de oposição ao governo não
conseguem encontrar um discurso que se sustente e desandam pelo caminho das
fofocas e calúnias e até atos de irresponsabilidade e incoerência, como este de
querer anular o concurso dos professores. Agem, às vezes, também com uma
brutalidade que só os afasta da realidade e, consequentemente, do povo, como
foi o caso da deputada Andreia Murad marcando encontro com as larvas
hipotéticas de suas alucinações.
Falta discurso, falta coerência, faltam
idoneidade e consistência política à oposição. E deve mesmo ser esta, de aedes,
larva virtual, concurso da educação e segurança pública, a pauta do desespero
como definiu o secretário de Assuntos Políticos e Comunicação Social, Márcio
Jerry. Os feitos da política oposicionista no quadro atual deveriam
concentrar-se na arregimentação de forças para a disputa eleitoral de 2016,
pois está provado que factoides, calúnias e invencionices não surtem efeito
contra o governo Flávio Dino. As respostas quase sempre são imediatas, muito duras
e convencem a população.
Provado, então, que mosquitos, larvas e
mentiras não são cabos eleitorais confiáveis, pois agridem a percepção natural
do povo, seria de bom alvitre que alguns que a vida inteira esqueceram de
trabalhar se dedicassem a organizar a oposição. Quando nada, pelo menos para
tornar a próxima eleição mais elegante e evitar outra surra de tirar o couro.
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