O senador maranhense já
foi mencionado pelos executivos de empreiteiras Otávio de Azevedo, Flávio
Barra, Dalton Avancini, Luís Carlos Martins, Ricardo Pessoa e Walmir Pinheiro,
além de Paulo Roberto Costa (ex-diretor da Petrobras), Delcídio do Amaral (senador)
e Alberto Youssef (doleiro).
Por
Oswaldo Viviani
Com
a divulgação, na quinta-feira (7), de novas informações sobre o conteúdo das
delações de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da empreiteira Andrade
Gutierrez e Flávio David Barra, ex-presidente global da AG Energia (do grupo
Andrade Gutierrez), já são nove os delatores da Operação Lava Jato que citam o
senador maranhense Edison Lobão (ex-ministro de Minas e Energias dos governos
Lula e Dilma) como recebedor de propinas de empreiteiras tanto para o seu
partido, o PMDB, como para si mesmo.
Além
de Azevedo e Barra, já envolveram o ex-ministro no “propinoduto” investigado na
Lava Jato: Dalton Avancini (ex-presidente da empreiteira Camargo Correa), Luis
Carlos Martins (ex-diretor de energia da Camargo Correa), Ricardo Pessoa (dono
da construtora UTC), Walmir Pinheiro Santana (ex-diretor financeiro da UTC),
Paulo Roberto Costa (ex-diretor de abastecimento da Petrobras), Delcídio do Amaral
(senador, sem partido, ex-PT) e Alberto Youssef (doleiro e personagem central
da investigação da Polícia Federal e do Ministério Púbico Federal).
De
acordo com a delação de Otávio Azevedo e Flávio Barra, o governo Dilma Rousseff
atuou diretamente, por meio do então ministro Lobão, no leilão da usina
hidrelétrica de Belo Monte, construída na Bacia do rio Xingu, perto do
município paranaense de Altamira. O leilão aconteceu em 20 de abril de
2010. Segundo a delação, Lobão se reuniu
com as empresas para fazer um acerto sobre a concorrência, e deu orientações
sobre a disputa para que fosse passada à opinião pública a ideia de que haveria
uma concorrência “de verdade na obra”. Otávio de Azevedo disse ainda que foi
orientado por Lobão para reunir as empreiteiras Odebrecht e Galvão Engenharia,
que deveriam dar, juntas, 1 por cento do valor total da obra para o PT e para o
PMDB, ou seja, R$ 150 milhões ( R$ 75 milhões para cada partido).
Os
dois delatores disseram que João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT) era o
interlocutor petista para tratar desse assunto, enquanto no PMDB esse papel
cabia a Edison Lobão.
De
acordo com Otávio Azevedo e Flávio Barra, Lobão pediu e recebeu R$ 600 mil em
dinheiro vivo em 2011. Os recursos teriam sido entregues para um de seus filhos
e abatidos na parcela destinada ao PMDB.
(Leia
mais no Jornal Pequeno).
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