O Batalhão Tiradentes, mais novo grupamento da
Polícia Militar do
Maranhão (PMMA), iniciou este mês um trabalho especializado
no combate aos
assaltos a ônibus. Foto: Handson Chagas/Secap
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O Batalhão Tiradentes, mais novo grupamento da Polícia Militar do
Maranhão (PMMA), iniciou este mês um trabalho especializado no combate aos
assaltos a ônibus. Diariamente, 100 policiais atuam na região metropolitana, em
áreas mais vulneráveis aos roubos, e direcionam a atenção ao público usuário do
transporte coletivo. Em duas semanas de trabalho, o Batalhão Tiradentes já
apreendeu 500 armas brancas, quatro armas de fogo, um simulacro e encaminhou 20
pessoas para a delegacia. Além disso, foram apreendidas 30 trouxas de
substâncias semelhantes a crack e 47 papelotes de maconha. Mais de 15 mil
pessoas foram abordadas.
Segundo o comandante do Policiamento Metropolitano I (Cpam I), coronel
Pedro Ribeiro, a Operação Transporte Seguro, realizada por todas as unidades
operacionais, está mantida. O Batalhão Tiradentes executa patrulhamento
prioritariamente nas paradas de ônibus. A atuação dos policiais nos coletivos é
diária, entre 14h e 3h da manhã.
“Com o advento do Batalhão Tiradentes, nós temos o direcionamento
primeiro das suas atividades para abordagem de pessoas em coletivos e nas
paradas. O diferencial deste trabalho é que os policiais saem nos ônibus e
seguem embarcando e desembarcando, em abordagens pela cidade. Desde que
começou, o trabalho reduziu em 60% o número de assaltos”, detalhou o comandante
do Cpam I.
O coronel Marques Neto, comandante do Batalhão Tiradentes, explica que
as guarnições foram distribuídas por regiões, conforme mapeamento prévio.
Quinzenalmente há uma reavaliação e, caso necessário, um remanejamento das
equipes. Nesta primeira etapa do trabalho, áreas como Monte Castelo, São
Francisco, Ipase, Portinho e Turu estão abrangidas na dinâmica da atuação do
Batalhão.
Ele comenta ainda que, dentre outras vantagens da ação in loco, estão o
acompanhamento e a redução do tempo de viagem em qualquer situação de
vulnerabilidade, a aproximação entre polícia e população, a logística
facilitada e o fator surpresa. “O próprio assaltante não sabe onde estaremos.
Nós descemos e, na próxima parada, há nova revista. Isso utilizando o próprio
ônibus como condução”, explicou.
Na rotina de procedimentos, além das abordagens nas paradas, as
guarnições realizam sondagens com motoristas e cobradores e os passageiros
descem para revistas. “Temos tido um feedback positivo da população. Isso se
torna combustível para nós”, completa o coronel Marques Neto.
Batalhão Volante
Ao todo, o Batalhão Tiradentes é composto por 150 homens e conta com
estrutura diferenciada: são 42 motocicletas e 16 viaturas. O comandante do CPAM
I acrescenta que a criação do Batalhão surgiu a partir da avaliação do Comando
Geral da PMMA dos bons resultados das guarnições albatroz, que utilizam
motocicletas para o deslocamento, e dos Grupos Táticos Móveis (GTM). Segundo
ele, o patrulhamento volante e não atrelado às demandas dos chamados de
emergência pelo 190 demonstraram grande efetividade e produção, o que gerou a
proposta de potencializar tal mecanismo. “Esse grupamento é tático e de alta
prevenção, porque se caracteriza por estar diretamente ligado a abordagens. Ele
atua também como reforço no patrulhamento urbano”, disse o coronel Pedro
Ribeiro.
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