JM
Cunha Santos
Os
empresários de transportes não recebem mais a imprensa. Ocupam-se reunindo
advogados e coletando material para barrar na Justiça a licitação do transporte
público anunciada pela Prefeitura de São Luís. Para barrar um sonho, uma aspiração,
a reivindicação de um povo, que já dura décadas nesta capital: a melhoria na
qualidade dos serviços de transporte oferecidos à população. Segundo o blog Marrapá, os empresários estão
com Chikungunya, doença provavelmente também transmissível nos ônibus do século
passado que colocam em circulação.
Podemos
dizer que, ao longo do tempo, é a pior atuação empresarial em concessão de
serviço público do Maranhão e, talvez, do Brasil. Há ônibus que fedem, soltam
as cascas, as “borboletas” trancam e constantemente dão prego a meio do
caminho. O Sistema de Transportes Públicos de São Luís é e sempre foi um
castigo para o povo dessa cidade. Deviam se envergonhar.
Alguém
precisava e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior tomou para si a missão de resolver
o problema. O que exige coragem, porque se trata de um problema crônico em mãos
de um monopólio impenetrável que se sustenta ao longo do tempo, contra tudo e
contra todos.
Os
lucros são abusivos, as passagens são caras dentro daqueles cacarecos mancos e pagas
com muito suor e ânsia de vômito pelos usuários de transportes. Entrar na
Justiça contra os sonhos, os anseios e conforto de um povo que lhes pagou a
vida toda é, no mínimo, imoral.
E
estão fazendo isso num momento em que tudo lhes é propício para repor em
circulação uma frota digna dessa cidade. Recentemente, houve aumento de
passagem e a Prefeitura entregou 371 ônibus novos, o que implica em 40 % da
frota em circulação. “Na próxima quinta-feira, a Comissão de Licitação estará
recebendo propostas e esperamos que ocorra com muita tranquilidade para
entregar um novo sistema de transportes à cidade, com a qualidade que a
população sempre clamou ao longo de décadas”, disse o prefeito.
Isso
se a Chikungunya que acometeu os empresários não se transferir para os passageiros
e atrapalhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário