Editorial
JP, 12 de agosto
Foto: NaelReis
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Em
tempos de Olimpíadas, é sobejamente salutar ver que o governo é o primeiro a
ajustar os meiões e as chuteiras para acertar os devidos pontapés na crise
econômica. E como a crise é uma disputa que inclui todas as modalidades de
infortúnios, o governador Flávio Dino explicava às 15 horas de ontem, no Salão
de Atos do Palácio dos Leões, as três primeiras táticas com que, como técnico
da seleção maranhense, espera enfrentar a crise econômica nacional e salvar o
Maranhão de uma fragorosa derrota.
Ele
detalhou, como uma das medidas, O Programa Mais Emprego. Este programa, em
princípio, dará desconto mensal de R$ 500, 00 no imposto das empresas a cada
novo posto de trabalho com carteira assinada.
Outra
medida é o Cheque-Moradia que garantirá crédito de R$ 5 mil para compra de
material de construção a famílias de baixa renda, o que, infalivelmente,
injetará recursos na economia maranhense.
No
mesmo ritmo, o governo do Maranhão cria o programa Mutirão Rua Digna. Por meio
deste, serão firmadas parcerias com instituições de classe, sindicatos,
associações comunitárias, arcando o governo do Estado com os serviços e o
material inicial.
Naturalmente
que as três medidas visam ativar a economia maranhense e serão enviadas para a
Assembleia Legislativa. O governador disse que “os projetos visam, a um só
tempo, a melhoria da qualidade de vida, a ampliação de empregos e circulação de
dinheiro, tendo como vértice o Estado, mas com a imprescindível parceria das
empresas e da sociedade civil organizada”.
Como
diriam nossos avós, “esse jogo não é de um a um” e, cá para nós, enfrentar
crises é uma qualidade muito especial de todo nordestino. Com esses três
centroavantes contratados entre pessoas de baixa renda, a seleção do Maranhão
estará preparada para o enfrentamento da crise econômica. E esperando apenas
que o pessoal do meio campo (empresários, associações, sindicatos e
instituições públicas) passem a bola e os zagueiros (deputados da base aliada)
tenham a disposição de enfrentar o mau humor dos adversários.
Mas
certamente que outros craques ainda virão, na medida em que a crise econômica
jogar nas canelas e não na bola. Teremos sim, craques do porte de um Neymar e de
um Pelé em campo e, no tatame - se preciso for, lutadoras que já enfrentaram
crises pessoalmente, como a judoca medalha de ouro do Brasil, Rafaela Silva.
Assim,
o técnico e a torcida se darão por satisfeitos e, quem sabe, até alguns
cartolas.
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