Com
a participação majoritária do empresariado maranhense, o governo injeta um
grande volume de recursos na economia, salva empresas da bancarrota, gera emprego
e renda e mantém o Maranhão afastado dos efeitos mais cruéis da crise.
Por
JM Cunha Santos
Governador Flávio Dino assinou nesta terça-feira (27) Ordem
de Serviço para
reforma de 211 escolas em 117 municípios. Foto: Gilson
Teixeira/Secap
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O Salão de Atos do
Palácio dos Leões estava tão cheio que o calor humano vencia o ar condicionado,
quando a palavra foi dada ao secretário titular da SEEDUC, Felipe Camarão. Era
a solenidade de assinatura das ordens de serviço para reforma de 211 escolas em
117 municípios, beneficiando 110 mil alunos, ao custo de 27 milhões de reais -
etapa do Programa Escola Digna que deve ser cumprida até o final do primeiro
semestre de 2017. Até esta data, 305 ml alunos, de 199 municípios terão sido
atendidos com a recuperação de 574 prédios escolares.
Rede
escolar muito grande e antiga
Felipe Camarão disse
que, embora seja esse o grande enfoque, o Programa Escola Digna não se resume à
substituição de escolas de taipa por escolas de alvenaria. Implica também em construção,
recuperação, conservação e manutenção. Ele agradeceu a participação dos
empresários, informou sobre a construção de cisternas em 25 prédios escolares e
considerou que a rede escolar é muito grande e muito antiga, num total de 1.200
escolas municipais. Daí a impossibilidade de atender a todas ao mesmo tempo. Garantiu,
entretanto, que a ação do governo chegará a todas elas.
O
discurso do sindicato agora é outro
O combativo
SINPROESSEMA, Sindicato dos Professores, se fez representar por seu presidente
e atual vice-prefeito de São Luís, Júlio Pinheiro, além de muitos professores.
Só que desta vez o discurso era outro, de agradecimento e orgulho, não invocava
paralisações, ante “A vontade política do governo em atender aos anseios dos
milhares de estudantes maranhenses”, conforme disse Júlio Pinheiro.
O sindicalista que
gerenciou 5 greves no correr do governo Roseana Sarney, agradeceu à progressão
que fez justiça a milhares de professores e à recuperação da carreira docente,
pleitos conquistados somente no atual governo, graças também ao esforço
militante da categoria dos trabalhadores da educação. “Ao longo de 10 anos, enfrentamos
5 greves, porque não se negociava, o governo não atendia à valorização dos trabalhadores,
o que também inclui escolas bem
estruturadas”, ele disse.
Com a palavra, o
presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil, Fábio Nahuz disse a
Flávio Dino que “O seu governo abriu um diálogo franco e aberto com o
empresariado maranhense”, o que restava demonstrado nas ordens de serviço
assinadas naquela tarde, para que 13 empresas maranhenses executem o cronograma
de obras do governo na área da educação. Fábio Nahuz referiu-se à crise
econômica do país e ao sacrifício que, nessa conta, estava sendo imposto às
empresas da construção civil e exaltou a abertura das ações do poder público às
empresas do Estado. “Uma de nossas bandeiras era que fossem dadas oportunidade
às nossas empresas, mesmo porque a indústria da construção civil é a maior
indústria do Maranhão”, afirmou. E propôs, em nome de todos os empresários, a
continuidade das parcerias com o governo do Estado.
Entenda-se: com o
volume de investimentos em obras e serviços, hoje com participação garantida do
empresariado maranhense, e também no funcionalismo público, o governo injeta um
grande volume de recursos na economia (R$ 800 milhões só com a antecipação do
pagamento de dezembro aos servidores). Assim, salva empresas locais da
bancarrota, propicia a geração de emprego e renda e afasta o Maranhão dos
efeitos mais cruéis da crise.
Flávio Dino disse que,
em se tratando de educação, tudo começa e termina no chão da sala de aula. No
que tange à valorização dos educadores, enfatizou que o governo abriu mão do
direito constitucional de nomear todos
os gestores escolares (eleições diretas), afirmando que esse é o grande passo
da virada da educação no Maranhão.
Ficou
quase impossível governar
As progressões na
educação alcançaram quase 80 % dos docentes, a ampliação da jornada de trabalho
ampliou também os ganhos da categoria e o site de uma confederação nacional de
educadores veio confirmar, a despeito das contestações da mídia sarneisista,
que o Maranhão paga hoje aos educadores o maior salário do Nordeste e o segundo
maior do país. Garantiu ainda o governador Flávio Dino que em 2017 teremos 18
escolas de tempo integral no Estado, 11 no âmbito da Secretaria da Educação e 7
de ensino profissionalizante, sob gestão da Secretaria de Ciência e Tecnologia.
Não encontrou nenhuma quando assumiu.
Na porta do palácio,
comentando a situação do país e de estados como o Rio de Janeiro, onde os
funcionários públicos, por absoluta falta de pagamento, foram filmados
recebendo cesta básica, alguém me diria que ficou quase impossível governar no
Brasil nos dias de hoje. Pelo que se vê, no Maranhão, mesmo com dificuldades,
está sendo possível. É só pegar a receita com o governo Flávio Dino.
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