JM Cunha Santos
De carro, de avião, de lancha e, quem
sabe, até de helicóptero, funcionários do judiciário maranhense estão em busca
de Sarney na missão de entregar a ele intimação expedida pelo juiz Sérgio Moro
desde o dia 6 de dezembro para depor na Lava Jato. Em Brasília, na mansão do
Calhau, na Ilha de Curupu, a busca da Justiça se mostra infrutífera porque,
qual um personagem de Ponson du Terrail, o rocambolesco Sarney nunca está em
lugar nenhum.
Também o Sindicato de Jornalistas do
Maranhão tenta, inutilmente, confrontar no Ministério Público do Trabalho
representantes de Sarney no Sistema Mirante mas ninguém dá as caras nem emite
qualquer explicação. Conforme informou o presidente Douglas Cunha, o Sindicato
de Jornalistas apresentou denúncia contra o Sistema Mirante por não realizar
reajustes salariais por dois anos e outros atos desrespeitosos com seus
funcionários e jornalistas. O Ministério Público do Trabalho convocou
dirigentes ou prepostos daquele conglomerado de comunicação para uma audiência
de mediação, mas, desrespeitosamente, a empresa não mandou representante e a
audiência não se realizou.
O MPT já reenviou a convocação, agora
para as 14:30 horas do dia 15 de fevereiro e os funcionários e jornalistas da
Mirante esperam que, desta vez, o MP seja respeitado e algum representante de
Sarney no Sistema Mirante atenda à convocação.
Em tempo: Sarney, por determinação do
ministro relator da Lava Jato, Edison Fachin, também está sendo investigado por
obstrução da Justiça ao lado de Renan Calheiros, Romero Jucá e Sérgio Machado,
da Transpetro, que o acusa de ter recebido propina de R$ 18 milhões. Resta
saber se, no correr do processo, o ex-senador terá peito para não atender a
alguma ocasional convocação do Supremo Tribunal Federal.
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