terça-feira, 14 de março de 2017

Correligionários de Sarney ainda poderão agradecer a Flávio Dino a recuperação e melhorias no sistema prisional do Estado

JM Cunha Santos


Num ambiente de Justiça livre e determinada, num tempo de Brasil em que não somente pretos e pobres vão para a cadeia, é provável que muito em breve correligionários muito queridos de José Sarney tenham que agradecer ao governador Flávio Dino pela recuperação e melhorias operadas no sistema prisional do Estado.
É que no correr de 50 anos até os últimos dias de 2014, uma saraivada de máfias e organizações criminosas se formou e agiu aqui para saquear os cofres públicos, para infelicidade do povo do Maranhão. Agiotagem, superfaturamento, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, crimes conexos e desconexos foram cometidos por essas organizações sob o manto da impunidade.
Como a Lei de Execuções Penais exige que os condenados cumpram as penas próximos de seus familiares, fossem presos naquele tempo teriam eles que pagar suas dívidas com a sociedade em celas infectas, num ambiente de insegurança pessoal e muita brutalidade, mal alimentados, coagidos pela corrupção carcerária, oprimidos por fugas,  esquartejamentos e decapitações, enfim, na sucursal do inferno que eles mesmos criaram no Maranhão. E sabemos nós que muito dessa gente está às portas da condenação.
Se presos, entretanto, nestes tempos de mudanças que ora vivemos, serão recebidos, embora que num ambiente punitivo de confinamento, por uma outra realidade, um cenário totalmente diferente de humanização dos presídios, conforme reconhecido em reportagem pelo jornal Folha de São Paulo. O diário paulista trouxe informações sobre a condenação do Estado do Maranhão a pagar indenizações aos familiares dos presos pelo massacre de 2014, durante a gestão Roseana Sarney.
E como se poderão se sentir aliviados sabendo que 6 novas unidades prisionais foram construídas, num total de 1167 novas vagas e que, portanto, não viverão os tormentos da superpopulação carcerária; como lhes será reconfortante deparar com atividades de ressocialização logo quando se tornaram párias da sociedade, cônscios de que não serão obrigados a sobreviver em uma das 5 piores penitenciárias do país, como era no governo no qual militavam.

Se duvidar, se sentirão até felizes se, quando já encarcerados, perceberem que ali já não acontecem rebeliões com mortes há mais de 2 anos. Serão capazes até de comemorar e dar graças a Deus por terem perdido a eleição. 

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