Alvo da Operação Lava Jato, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) está em uma
lista sigilosa do Ministério Público. O “Esquálido”, como foi apelidado pelos
responsáveis pela propina na Odebrecht, é acusado de ter recebido R$ 5,5
milhões em propina da empreiteira, para rever o resultado do leilão da usina de
Jirau (RO). O objetivo é que a Odebrecht assumisse o empreendimento.
De acordo com o delator Henrique Serrano do Prado Valadares,
ex-executivo da Odebrecht na área de energia, o senador “sinalizava que iria
nos ajudar. E que precisava de nossa ajuda, de propina”.
A Procuradoria-Geral da República fez 25 petições que ainda estão em
segredo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, de
acordo com o Estadão. As petições tratam de fatos ainda não divulgados. Estes
casos permanecem em sigilo porque a procuradoria entende que a sua divulgação
pode prejudicar as investigações.
Mais acusações
Lobão já havia sido citado em uma delação de Ricardo Pessoa, dono da
empreiteira UTC. Peemedebista teria se beneficiado de R$ 1 milhão para
favorecimento da empresa em consórcio responsável pelas obras da usina nuclear
Angra 3 (RJ). Ele negou as acusações.
Em outra delação, a do ex-presidente da Odebrecht
Infraestrutura, Benedicto Júnior, disse que se recorda de ter sido o
senador Edison Lobão (PMDB-MA) a pessoa para quem os valores vinculados à obra
deveriam ser destinados.
O ex-diretor da Andrade Gutierrez Flávio Barra disse que entre R$ 4
milhões e R$ 5 milhões foram repassados ao senador Edison Lobão (PMDB) pelas
obras de Angra 3 e R$ 600 mil da hidrelétrica de Belo Monte (PA). A
propina de Belo Monte teria sido entregue em espécie na casa de Márcio Lobão,
filho do parlamentar.
Lobão é alvo de
dois inquéritos no STF no âmbito da Operação Lava Jato e alvo de outras duas
investigações derivadas da operação sobre irregularidades na usina de Belo
monte.
Brasil 247
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