quarta-feira, 19 de abril de 2017

Lobão está na lista sigilosa de Fachin


Alvo da Operação Lava Jato, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) está em uma lista sigilosa do Ministério Público. O “Esquálido”, como foi apelidado pelos responsáveis pela propina na Odebrecht, é acusado de ter recebido R$ 5,5 milhões em propina da empreiteira, para rever o resultado do leilão da usina de Jirau (RO). O objetivo é que a Odebrecht assumisse o empreendimento.
De acordo com o delator Henrique Serrano do Prado Valadares, ex-executivo da Odebrecht na área de energia, o senador “sinalizava que iria nos ajudar. E que precisava de nossa ajuda, de propina”.
A Procuradoria-Geral da República fez 25 petições que ainda estão em segredo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, de acordo com o Estadão. As petições tratam de fatos ainda não divulgados. Estes casos permanecem em sigilo porque a procuradoria entende que a sua divulgação pode prejudicar as investigações.
Mais acusações
Lobão já havia sido citado em uma delação de Ricardo Pessoa, dono da empreiteira UTC. Peemedebista teria se beneficiado de R$ 1 milhão para favorecimento da empresa em consórcio responsável pelas obras da usina nuclear Angra 3 (RJ). Ele negou as acusações.
Em outra delação, a do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, disse que se recorda de ter sido o senador Edison Lobão (PMDB-MA) a pessoa para quem os valores vinculados à obra deveriam ser destinados. 
O ex-diretor da Andrade Gutierrez Flávio Barra disse que entre R$ 4 milhões e R$ 5 milhões foram repassados ao senador Edison Lobão (PMDB) pelas obras de Angra 3 e R$ 600 mil da hidrelétrica de Belo Monte (PA). A propina de Belo Monte teria sido entregue em espécie na casa de Márcio Lobão, filho do parlamentar. 
Lobão é alvo de dois inquéritos no STF no âmbito da Operação Lava Jato e alvo de outras duas investigações derivadas da operação sobre irregularidades na usina de Belo monte.

Brasil 247

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