Em novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde,
o Brasil já conta com 202 mortes devido à febre amarela. A maioria delas
ocorreu no estado de Minas Gerais (148), seguido por Espírito Santo (43), São
Paulo (4), Pará (4) e Rio de Janeiro (3). Outras 48 mortes nesses locais foram
notificadas, mas ainda estão sob investigação da pasta. No Distrito Federal não
houve mortes, apenas um caso ainda não confirmado com a doença.
Epidemia
O país vive a pior epidemia da doença desde a
década de 1970. O Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do
Ministério da Saúde alertou que a situação atual é mais grave do que os
registros do último grande surto, ocorrido entre 2007 e 2008, quando houve 48
casos confirmados e 28 mortes. Em 2016, foram confirmados apenas sete
contaminações, mas neste ano já são 2.210 casos suspeitos, sendo que 604 foram
confirmados e 552 estão sendo investigados.
Para tentar frear o surto, o governo mudou de
orientação nesta semana e passou a adotar a dose única, estratégia recomendada
pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante proteção durante toda a
vida. Assim, a população que não vive nas áreas de recomendação ou não vai se
dirigir a essas áreas não precisa buscar a vacinação neste momento. “A partir
de agora, as pessoas que já tomaram uma dose, não precisam se vacinar mais
contra a febre amarela ao longo da vida”, afirmou o ministro Ricardo Barros.
A vacinação de rotina para febre amarela é
aplicada em 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia,
Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina). Os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo também oferecem a
vacina.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de
21,6 milhões de doses extras foram enviadas para as áreas de risco. Além disso,
foram distribuídas, desde janeiro deste ano, 4,4 milhões doses da vacina de
rotina para todas as unidades da federação.
Reforça para
vacinação
Para tentar bloquear o avanço da
febre, o Ministério liberou verba para municípios considerados prioritários.
Serão repassados R$ 13,885 milhões para ações de reforço da vacinação
realizadas a partir de janeiro em 256 municípios de Minas Gerais, Espírito
Santo, Rio, Bahia e São Paulo. Será feito também adiantamento de 40% nos
recursos extras para ações de vigilância em saúde, de R$ 26,3 milhões. Esse
recurso tradicionalmente é encaminhado às prefeituras a partir de abril. Saiba
mais em Ministério
da Saúde liberta verba extra para combate contra a febre amarela.
Correio Brazilienze
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