A ex-presidente Dilma Rousseff chamou de
"falsos", "inverossímeis" e "patéticos" os
relatos contidos nos depoimentos de delação premiada dos marqueteiros João
Santana e Monica Moura, cujos
vídeos foram liberados nesta sexta-feira pelo Supremo Tribunal
Federal. Em nota divulgada na noite desta sexta, Dilma nega ter cometido
qualquer crime ou irregularidade e que não indicou ou recebeu pagamento ilícito
em campanhas, nem conversou com os delatores sobre caixa dois.
A petista acusou o casal de inventar fatos para obter os prêmios pela delação:
"Mais uma vez delatores presos, buscando conseguir sua liberdade e a redução de pena, constroem versões falsas e fantasiosas", diz trecho da nota.
Dilma nega que tenha avisado os marqueteiros de que eles seriam presos ou que tenha criado uma conta de e-mail apenas para a comunicação entre eles.
"Causa ainda mais espanto a versão de que por meio de uma suposta 'mensagem enigmática' (...), a presidenta tivesse tentado 'avisá-los' de uma possível prisão. Tal versão é patética. Naquela ocasião, já era notório, a partir de informações divulgadas pela imprensa, que isso poderia ocorrer a qualquer momento", escreve Dilma.
A ex-presidente também diz que "é fantasiosa" a versão de que informava delatores sobre o andamento da Lava-Jato.
Veja a íntegra da nota:
A petista acusou o casal de inventar fatos para obter os prêmios pela delação:
"Mais uma vez delatores presos, buscando conseguir sua liberdade e a redução de pena, constroem versões falsas e fantasiosas", diz trecho da nota.
Dilma nega que tenha avisado os marqueteiros de que eles seriam presos ou que tenha criado uma conta de e-mail apenas para a comunicação entre eles.
"Causa ainda mais espanto a versão de que por meio de uma suposta 'mensagem enigmática' (...), a presidenta tivesse tentado 'avisá-los' de uma possível prisão. Tal versão é patética. Naquela ocasião, já era notório, a partir de informações divulgadas pela imprensa, que isso poderia ocorrer a qualquer momento", escreve Dilma.
A ex-presidente também diz que "é fantasiosa" a versão de que informava delatores sobre o andamento da Lava-Jato.
Veja a íntegra da nota:
"A respeito das delações feitas por João
Santana e Monica Moura, a Assessoria de Imprensa da ex-presidenta Dilma
Rousseff esclarece:
1) Mais uma vez delatores presos,
buscando conseguir sua liberdade e a redução de pena, constroem versões falsas
e fantasiosas.
2) A presidenta eleita Dilma Rousseff
nunca negociou doações eleitorais ou ordenou quaisquer pagamentos ilegais a
prestadores de serviços em suas campanhas, ou fora delas. Suas determinações
sempre foram claras para que a lei seja sempre rigorosamente respeitada. Todos
aqueles que trabalharam, ou conviveram com ela, sabem disso.
3) São mentirosas e descabidas as
narrativas dos delatores sobre supostos diálogos acerca dos pagamentos de
serviços de marketing. Dilma Rousseff jamais conversou com João Santana ou
Monica Moura a respeito de caixa dois ou pagamentos no exterior. Tampouco
tratou com quaisquer doadores ou prestadores de serviços de suas campanhas
sobre tal assunto.
4) É fantasiosa a versão de que a
presidenta eleita informava delatores sobre o andamento da Lava Jato. Essa tese
não tem a menor plausibilidade. Dilma Rousseff jamais recebeu de quem quer que
seja dados sigilosos sobre investigações. Todas as informações prestadas pelo
Ministério da Justiça ocorreram na forma da lei. Tal suspeita é infundada e
leviana.
5) Causa ainda mais espanto a versão de
que por meio de uma suposta “mensagem enigmática” (estranhamente copiada em um
computador pessoal), conforme a fantasia dos delatores, a presidenta tivesse
tentado “avisá-los” de uma possível prisão. Tal versão é patética. Naquela
ocasião, já era notório, a partir de informações divulgadas pela imprensa, que
isso poderia ocorrer a qualquer momento.
6) Mais inverossímil ainda é a afirmação
de que Dilma Rousseff teria recomendado que os delatores ficassem no exterior,
uma vez que todos sabem que mandados de prisão expedidos no Brasil podem
rapidamente ser cumpridos em países estrangeiros.
7) É risível imaginar que a presidenta
da República recebeu informações de forma privilegiada e ilegal ao longo da
Lava Jato. Isso seria presumir que a Polícia Federal, o Ministério Público ou o
próprio Judiciário, por serem os detentores e guardiões dessas informações,
teriam descumprido seus deveres legais.
8) O governo Dilma Rousseff sempre foi
acusado, por diferentes segmentos políticos, de deixar as investigações
prosseguirem de forma autônoma, “descontroladas”, não buscando interferir ou
obter previamente informações a respeito. E, espantosamente, as acusações agora
vão em sentido contrário. É preciso lembrar as declarações do senador Romero
Jucá, de que era preciso tirar a presidenta para “estancar a sangria”, “num
amplo acordo com Supremo”, “com tudo”.
9) No TSE, foi possível comprovar, nas
alegações finais entregues no início desta semana, que tanto João Santana
quanto Monica Moura prestaram falso testemunho perante a Justiça. A defesa já
pediu investigação e a suspensão dos efeitos da delação premiada, tendo em
vista que ambos faltaram com a verdade. As provas estão contidas nos autos do
processo no TSE.
10) Dilma Rousseff acredita que, ao
final de mais uma etapa desse processo político, como já provado anteriormente
em relação a outras mentiras em delações premiadas, a verdade virá à tona e
será restabelecida na Justiça.
ASSESSORIA DE IMPRENSA
DILMA ROUSSEFF"
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