Por:
Joilson S. Aguiar, Filósofo e Graduando de Psicologia.
A República Federativa
do Brasil vive hoje um momento delicado de sua história no âmbito político que
tem sido nomeada: de crise política por especialistas das mais diversas áreas
do saber, gostaria aqui de ressaltar que o que está sendo chamado de crise com
suas inúmeras denúncias de corrupção não é algo novo e remonta os primórdios da
colonização e é imanente a cultura de se fazer política nessa Pátria, as formas
que consolidaram o Brasil como independente já são um tanto quanto duvidosas e corrompida
é algo que revela a história, segundo a filósofa Scarlett Marton, O Brasil é um País em que a história e a
memória contam pouco. Temos um comportamento de quem não tem história, o que
nos faz começar a cada momento. A corrupção acima mencionada parece está enraizada
na cultura deste povo e muitas das vezes tida como prática aceitável para se
alcançar certos objetivos em curto prazo é o que se conhece por jeitinho
brasileiro, é trágico mais se faz necessário dizer que esse câncer não será
facilmente extirpado.
Os acontecimentos lamentáveis que a nação tem visto
acontecer de braços cruzados ou abertos à espera de milagres ecoarão na
eternidade. Esses acontecimentos que se sucedem diariamente e que são
transmitidos pelas mídias sensacionalistas que por vezes omitem a verdade, têm
como objetivos dividir as massas. Assim é mais fácil controla-las e tudo que
tens acontecido ainda é muito cedo para termos uma visão clara destes fenômenos
ou entender o que de fato tens acontecido, o que se pode apontar de forma
simplista: é que existem muitos interesses escusos que estão por trás de tudo
isso.
Essa geração está condenada pela sua inércia e as
gerações futuras pagarão um alto preço e talvez culpe a geração de hoje pela
incapacidade e descompromisso por não agirem politicamente em prol de seus
direitos. Fatos nunca vistos têm acontecido e ganhado notoriedade nacional e
internacional, deputados presos, afastados de seus cargos, senadores presos e
afastados de seus cargos, presidente afastado de seu cargo, presidente
condenado pela justiça e presidente sendo investigado. Não se pode negar que
algo está acontecendo só não se sabe o que e o resultado de tudo isso.
O modo que se faz e se prática política no Brasil
não atende ou nunca atenderam os interesses públicos da nação tornou-se um comitê
de interesses pessoais uma verdadeira dinastia Ming, pais, esposas, filhos e
netos que se prolongam por anos a fio em cargos públicos, aqueles que se dizem
representar o povo utilizam a máquina pública para alcançar seus interesses
pessoais é sempre os fins justificando os meios. Devo concordar com Renato
Russo do panorama que faz do País na música perfeição e mais ainda quando afirma
que o Estado brasileiro não é uma nação. Um povo que não se reconhece como
sendo da mesma espécie será extinta da fase da terra, o povo brasileiro está
demasiadamente passivo e em sono profundo. Segundo Nicolau Maquiavel, Uma república sem cidadãos de boa reputação
não pode existir nem ser bem governada; por outro lado, a reputação dos
cidadãos é motivo de tirania das repúblicas.
A constituição
brasileira parece ser escrita em sânscrito e não existe quem consiga decifra-la,
direitos sendo retirados, gastos de áreas importantes foram congelados,
reformas sendo aprovadas em décimos de segundos e as escuras, mas os direitos
da classe política e empresarial deste País permanecem intocáveis. Bem se sabe
ou deveríamos saber que a reforma trabalhista recentemente aprovada nada mais é
que a venda da mão de obra do povo brasileiro aos donos do capital em troca do
governo manter-se no poder, uma mera moeda de troca.
Apontar soluções para tais problemas acima
mencionados seria um tanto quanto impossível, pois contos de fadas nunca se
realizaram e medidas emergenciais também não funcionam é preciso encontrar a
peça perdida da engrenagem que irá fazer o Brasil funcionar se é que se pode
encontrar, um País não se faz de projetos e reformas políticas, e nada se
constrói de um dia pra noite. Como dizia Monteiro
Lobato: Um País se faz com homens e
livros. Enquanto isso a hemorragia interna continuará a jorrar sangue.
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