Pendurado nas divisas dos generais,
Sarney mandava e desmandava, enquanto intelectuais, jornalistas, sindicalistas,
clérigos e operários eram torturados, mortos e fuzilados em praças sem endereço
no Brasil.
JM Lula Livre Cunha Santos
Parece que na oposição o deputado
Eduardo Braide é o único que ainda não ficou completamente doido. Não assinou o
insano pedido de intervenção federal no Maranhão. E é possível compreender suas
razões.
Começa que isso significaria congelar
sua carreira política. As botas, fuzis, tanques e metralhadoras abalando as
estruturas da histórica capital São Luís, com sua assinatura embaixo e ele na
condição de títere da militarização do Estado.
Óbvio que Sarney não quer uma
intervenção federal no Estado. Ele quer, isto sim, uma intervenção militar para
criar um poder paralelo armado ao governo Flávio Dino. Quer prender e
arrebentar os democratas que o defenestraram do poder. Afinal, não surtiu o
efeito esperado a nomeação do superintendente da Polícia Federal no Brasil.
Pendurado nas divisas dos generais,
Sarney mandava e desmandava, enquanto intelectuais, jornalistas, sindicalistas,
clérigos e operários eram torturados, mortos e fuzilados em praças sem endereço
do país.
Sarney não tem votos. Eleitoralmente é
um cachorro morto. E ele, que tanto babujou a ditadura militar, vê como única
saída para retornar ao poder a militarização do Maranhão. Sonha-se comandando
uma polícia política, no melhor estilo da DOPS, recriando, a partir daqui o
estado policial que, sob seu aplauso, conivência e participação vigorou por
tanto tempo no país.
Por isso Braide não assina. É crime de
lesa-pátria, uma mancha irremovível no mandato de qualquer parlamentar
maranhense. E isso a história mostrará.
Fato é que, sem saída na próxima eleição,
Sarney quer impor seu próprio golpe militar no Maranhão.
EMBORA NÃO HAJA ESPAÇO PARA TAL OBJETIVO, MAS É IMPORTANTE NÃO PERMITIR O MÍNIMO DESSA POSSIBILIDADE. JÁ EXPERIMENTAMOS, OU SEJA, A MAIORIA ELEGER E NÚMEROS DAS URNAS SEREM MANIPULADOS.
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