O casal
Phelipe Douglas Alves e Débora Rolim de Moura, acusado de espancar até a morte a
filha Emanuelly Aghata da Silva, de cinco anos, em março deste
ano, em Itapetininga, interior de São Paulo, será julgado por homicídio
qualificado pelo tribunal do júri. A decisão foi dada na noite desta
segunda-feira, 18, pelo juiz Alfredo Gehring, da Vara Criminal, depois de ouvir
os acusados e testemunhas do crime.
O juiz
acatou a denúncia da promotoria de que, além de homicídio com quatro
qualificadoras, houve também crimes de tortura, cárcere privado e adulteração
de provas. Os advogados que defendem os dois acusados anunciaram que vão
recorrer da decisão.
O caso
chegou à polícia quando Emanuelly perdeu os sentidos em casa, na região central
da cidade, e foi levada ao hospital. Os pais alegaram que a criança havia
sofrido uma queda e uma convulsão, mas os médicos desconfiaram das múltiplas
lesões. A investigação apurou que a criança foi agredida de forma violenta pelo
pai e que as agressões eram sistemáticas.
Ouvido,
Phelipe confirmou que batia na filha com o pretexto de educá-la. No
interrogatório, acabou admitindo que, numa das surras, a menina sangrou pela
boca. Em outra ocasião, ele a agrediu na cabeça com uma boneca que chegou a
quebrar.
Já a mãe negou participação nas agressões, mas o juiz entendeu que ela nada fez
em defesa da filha. Ela foi considerada cúmplice das agressões sofridas pela
menina. Durante a audiência, o juiz ouviu também 33 testemunhas. Os depoimentos
confirmaram os maus tratos. O casal, que teve a prisão preventiva decretada,
vai aguardar o julgamento na prisão, em penitenciárias de Tremembé. A data será
definida após o julgamento dos recursos.
(Com
informações Estadão)
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