“MAMÂE, NÃO QUERO SER PREFEITO”
Investigando desvios de recursos públicos no Brasil, o detetive Froxô chegou ao Maranhão. Entrou em contato com diversos prefeitos trazendo informações não muito animadoras.
-É o seguinte: A Controladoria Geral da União quer saber o destino que está sendo dado ao Fundo de Participação dos Municípios.
- Aqui não tem mais isso não, senhor detetive. Agora é Fundo de Pescoção nos Municípios.
- Pescoção? Porque pescoção?
- A cada vez que os prefeitos vão ao caixa pegar esse dinheiro é como se levassem um murro nas fuças. O dinheiro nunca está lá e quando está é pela metade.
- E o Fundeb? Como é que está sendo aplicado o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica?
- No Maranhão mudou de nome. Agora é Fundo de Demissões Básicas.
- Por quê?
- É que o dinheiro ficou tão pouquinho que os prefeitos estão sendo obrigados a demitir professoras, merendeiras, secretárias. E ao invés de reformar, estão derrubando escolas.
- Que coisa! Mas vocês ainda podem contar com o dinheiro do SUS.
- Mudou de nome também no Maranhão. Agora é dinheiro do SUSTO. Os prefeitos levam cada susto quando vão receber esse dinheiro...
- Ainda bem que vocês podem contar com os recursos do Imposto de Circulação de Mercadorias...
- Ta brincando, detetive! O que temos aqui é o Imposto de Simulação de Mercadorias. O povo simula que tem arroz, que tem feijão que tem farinha, os comerciantes simulam que estão vendendo alguma coisa e o Governo simula que repassou o dinheiro.
E, assim, o detetive retornou ao seu quartel general, decidido a nunca mais pagar Imposto de Renda e catarolando uma música que diz mais ou menos assim: “Mamãe não quero ser prefeito pode ser que eu seja eleito e Roseana vai querer me assassinar...”
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