sábado, 22 de janeiro de 2011

O Maranhão na rota da
espionagem internacional
JM Cunha Santos

É certo que todo espião famoso é um péssimo espião, visto que no jogo da espionagem ninguém quer ser descoberto, nem o espião, nem o espiado. As únicas exceções talvez sejam James Bond e o espião eletrônico sem pátria Wikilekears. E é isso que faz hoje do Maranhão uma terra muito especial. Desbancamos São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em busca de informações específicas sobre depósitos suspeitos em paraísos fiscais, Dom Wiki não pensou duas vezes: veio investigar no Maranhão. Encontrou 10 mil dólares que saíram pulando da Coronado Trust, empresa secreta de Roseana Sarney e Jorge Murad, para as Ilhas Virgens e Ilhas Cayman.

O objetivo nessas transações é sempre pagar menos impostos, esconder patrimônio ou escapar de investigações criminais. Mas o dinheiro é tão pouco que é capaz do Wikilikears ter se enganado tão-somente no Maranhão.

De qualquer modo, avulta-se hoje o orgulho maranhense. Quem diria que essa pequena terra de dançadores de bumba-boi seria alvo da espionagem internacional?; que os espiões que devassaram segredos da guerra santa de Israel, a tortura de Guatánamo, os segredos diplomáticos da Inglaterra, dos Estados Unidos e da União Soviética estariam por aqui, espionando os pobres governadores de nossa província?

Só não quero acreditar, como já insinuam alguns, que Luís Fernando Silva, aproveitando-se da proximidade inesperada com a espionagem internacional, contratou agentes da CIA e da KGB para espionar Ricardo Murad na Assembléia. Nem creio no pânico injustificado de alguns que se perguntam: e se eles descobrirem que o gás encontrado no Maranhão foi vendido antes mesmo de ser arrancado às placas tectônicas? E se revelarem os nomes dos sócios maranhenses da Refinaria Premium? E se acharem que a Base de Alcântara é, na verdade, uma base militar americana cujo objetivo é explodir Cururupu? E se eles encontrarem os 72 hospitais secretos e 5 penitenciárias ocultas construídos pelo governo?

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