(Para que se desarme o Brasil)
JM Cunha Santos
No Realengo,
JM Cunha Santos
No Realengo,
na Casa do Poeta,
Serão encontradas vivas
12 crianças mortas
Ou porque houve um choque no sol
E a luz das mentes se estilhaçou contra as coisas
No Realengo,
na Casa do Poeta,
12 crianças mortas
serão encontradas vivas
Porque não estavam lá
nem o Pacificador,
nem o Profeta
e de entre os dedos de Deus
escorreram nuvens sacrificadas
e sentiram todos que era urgente
encontrar o fazedor de sol
No Realengo,
12 crianças
que não estão vivas
nem estão mortas
ensinaram ao mundo
que uma arma
seja de fogo ou de arminho
seja de aço ou de pétalas
nunca conseguirá sorrir...
...é só quando falta luz na carne humana
quando não há mais pássaros na boca
quando se apaga a canção definitiva
quando se perde o palhaço louco
que uma criança deve morrer
Fora disso,
devem todas as crianças
viver e resistir
em Casas de Poetas...
Você é um grande poeta, Cunha Santos parabéns pelo trabalho que se destaca no cenário jornalístico e poético, abraço do seu colega André Gomes
ResponderExcluirObrigado, André. Essa violência toda me desilude.
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