quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Alcoolismo infantil

JM Cunha Santos

A medida adotada pelo governo de São Paulo de combater o consumo de álcool por adolescentes traz consigo algumas revelações. A primeira delas é que o problema atinge metade das crianças entre 12 e 17 anos. As multas para os bares e festas serão mais pesadas, os estabelecimentos poderão ser fechados e nos casos mais extremos ocorrerão prisões de até seis anos para os reincidentes.

Para começo de assunto, álcool é droga, uma droga lícita, permissível pelas autoridades, e das mais perigosas. Quem tiver dúvidas é só relacionar o número de acidentes de trânsito e homicídios ao consumo de álcool.

É também o álcool, como todos sabem, a abertura para o consumo de outras substâncias mais violentas, como a cocaína e o aterrador crack. As estatísticas mostram que cerca de 60 mil jovens entre 18 e 24 anos são assassinados no Brasil ao derredor do narcotráfico.

Há poucos dias, na primeira página do Jornal Pequeno, expunha-se a prisão de uma quadrilha com apreensão de armas pesadas em São Luís. À primeira vista, ninguém naquela foto demonstrava ter mais de 20 anos, ou seja, estão transformando nossos jovens em assassinos e parece que nada podemos fazer contra isso.

A lei de São Paulo deve ser seguida pelos demais estados do país. Quem tem mais de 50 anos é capaz de lembrar que houve um tempo em que seria inimaginável qualquer estabelecimento vender bebidas alcoólicas para menores em São Luís. Bastava que o comerciante desconfiasse que tratava-se de um menor de idade e o negócio não seria feito. Hoje em dia, menores de idade se embriagam nas festas, nos campos de futebol, no bar da esquina e nas calçadas colocando em risco suas próprias vidas. Se conseguir aprovar essa lei, o governador Geraldo Alckmin estará de parabéns.

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