Silas Malafaia

JM Cunha Santos

Silas Malafaia é um pastor cuja erudição, pelo menos no que tange à teologia, é incontestável. Acusá-lo de homofóbico é o mesmo que acusar a todas as igrejas evangélicas que, via de regra, vêm no homossexualismo não uma tendência ou doença, mas um pecado concebido nos terreiros de Lúcifer e como pecado definido na própria Bíblia Sagrada.

Consciente de seu saber teológico, o pastor é, em certos momentos, arrogante e se dirige a seus seguidores como um Pai extremamente rigoroso que exige, acima de tudo, a obediência cega aos mandamentos da lei de Deus. É também, Silas Malafaia, um dos mais convincentes oradores do nosso tempo, apesar de seu estilo agressivo. Se ele é homofóbico ou não, isto fica por conta do vereador Ivaldo Rodrigues. Mas a verdade é que a homofobia é uma característica de muitos brasileiros que nesse sentido agem de forma disfarçada ou não.

Nos últimos tempos, o poder de organização dos homossexuais, levando milhões às ruas, em protesto contra o preconceito, tem aproximado deles as figuras mais estranhas. Os políticos, por exemplo, nos dias de hoje, patrocinam e até participam das passeatas dos homossexuais. De olho no eleitorado que representam. Em outros tempos tal aproximação seria inconcebível, porque o preconceito era ainda maior.

Algumas pessoas escolhem religiões, repetem o nome de Deus todos os dias, derramam-se em orações, não largam a Bíblia do colo, mas fazem ouvidos moucos ao que ela diz. Por exemplo: está escrito lá que aquele que consumir álcool vai arder no fogo do inferno, mesmo lugar para onde vão os adúlteros todos deste mundo. Em outras palavras, vai escapar muito pouca gente do encontro com Belzebu. “A não ser que se arrependam sinceramente”. Mas esta é uma outra história...