JM Cunha Santos
Desde que foi eleito, a um ano atrás, o deputado federal Edivaldo Holanda Jr. não se dignou a dar uma única declaração sobre os acontecidos – graves acontecimentos – do Estado que o elegeu. Para quem exerce uma função dita parlamentar o silêncio de Edivaldo Jr. é tão singular que chega a ser suspeito.
O de 2011 foi um ano de assassinatos e ameaças na zona rural e áreas quilombolas e sobre o assunto o parlamentar não se pronunciou. Foi um ano de chacinas e barbárie com a decapitação e esquartejamento de presos num presídio de São Luís e em outro do interior do Estado. E mais uma vez não se ouviu a voz do pastor.
O Maranhão viveu com intensidade os dias de greve dos professores, a luta pela implantação do Estatuto do Educador, mas sobre isso também Edivaldo Holanda Jr. não disse nada. Também a greve da Polícia Civil movimentou toda a classe política do Estado, mas se calado estava, mais calado ainda Edivaldo Holanda Jr. ficou.
Não se ouviu também a voz do crente quando os Delegados paralisaram suas atividades em luta pela natural inscrição na carreira jurídica. E nem mesmo nos nove dias em que a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil ocuparam a Assembléia Legislativa, gerando a mais grave crise institucional da história do Maranhão, Edivaldo Holanda disse nada. Mesmo sabendo que o exército e a guarda nacional ocupavam as ruas da cidade, mesmo observando o esforço de outros deputados federais para por fim à crise.
Para um representante do povo que foi o mais votado em São Luís do Maranhão, ex-vereador que disputando uma cadeira na Câmara Federal conseguiu mais de 100 mil votos, tanta falta de apetite político sugere que para ele essa (a política) é uma arte indigesta. Ou então suas preocupações estão em Marte e não no Maranhão.
Julgo mais producente examinar se o Deputado Federal Edivaldo Holanda Jr. tem desempenhado bem o mandato que lhe foi outorgado pelo povo do Maranhão. O site do Congresso pode dizer muito a esse respeito. Se a avaliação for feita por declarações dadas, então estaremos complicados, porque o que não tem faltado são declarações de Deputados Federais do Maranhão. Creio que devemos ser mais criteriosos na distinção dos bons políticos, sob pena de errarmos na avaliação. Se os que têm a capacidade política de ler não conseguem vislumbrar, no silêncio dos que atuam, a eficiência do parlamentar, que esperanças poderemos alimentar para que o povo perceba diferenças vitais de desempenho público? Só nos restaria a alternativa de continuar a votar pelo volume das falas e aparições, mesmo que as ações não reverberem as declarações feitas. Ou seja, politico bom é o que se vale da ocasião para aparecer e dar sua declaração, tirando proveito eleitoreiro, do evento. Causa-me surpresa, meu caro Cunha Santos, sua equivocada leitura. Recuso-me a crer no que leio.
ResponderExcluirEli Medeiros
O companheiro Eli não deixa de ter lá suas razões,mas é de fato incômodo que, diante de tantos e tão graves acontecimentos não se tenha percebido uma qualquer reação, nem por atos nem por palavras, do deputado Edivaldo Holanda Jr.
ResponderExcluirDeputado que se elege, e depois disso fica deslumbrado com a sorte, que teve, recolhido no seu mundinho de prazeres, mordomia e previlégios, o povo está de ôlho nestes tipos, para dar o trôco nas próxima de suas aventuras.
ResponderExcluir