Editorial JP, 12 de março
Se
o repetir de um fato ou de um aviso serve de alguma forma para alertar as
autoridades, estamos nós, certamente, cumprindo as orientações básicas de um
veículo de comunicação. Esse matutino tem alertado, constantemente, para o
perigo dos crimes de pistolagem no Maranhão e mostrado que a ocorrência de
crimes de encomenda e atentados merece maior atenção das autoridades da
segurança pública.
O
Brasil é o país em que mais matam jornalistas e um deles perdeu a vida
recentemente em São Luís, o jornalista Décio Sá, vítima de um crime de
encomenda, uma barbárie praticada por pessoas que, segundo as investigações da
polícia, viviam da agiotagem política e até manipulavam recursos de prefeituras
municipais. Décio denunciou esses criminosos e perdeu a vida de forma estúpida.
Felizmente, o executor do assassinato e a maior parte dos mandantes estão na cadeia.
Não
faz muito tempo, o recém eleito prefeito de Timon, Luciano Leitoa, sofreu um
atentado, esse até hoje não esclarecido devidamente pela segurança pública. Ontem,
a residência do jornalista Luis Cardoso foi invadida por estranhos que
reviraram tudo, segundo ele à procura de um dossiê que incrimina figurões do
Maranhão. O jornalista acha que os homens que estiveram em sua casa o
aguardaram por muito tempo e tinham a missão de matá-lo.
Esses
atentados começam a acontecer com uma freqüência assustadora e quase sempre
visam pessoas públicas que, de algum modo, tem a oportunidade de externar suas
opiniões. Se para alguns a invasão à residência do jornalista Luis Cardoso foi
apenas uma forma de assustá-lo e para outros ele corre, realmente, sério risco
de vida, nos parece uma discussão para fazer com que todos os profissionais de
imprensa coloquem as barbas de molho.
Não
vamos esquecer que sempre existe um poderoso disposto a calar um jornalista a
qualquer custo; que existem pessoas que não se conformam com o fim do crime de
opinião no Brasil. O Maranhão não pode e não quer acordar com outro jornalista
vitimado pela sanha de assassinos impiedosos, a soldo de corruptos que se
acostumaram a viver na impunidade. Assim, voltamos a implorar por uma ação
preventiva da Segurança Pública contra a pistolagem no Estado.
O
prefeito de Timon provavelmente vive, hoje, enfaixado por um colete a prova de
balas e cercado de seguranças. E isso é uma vergonha. Não vamos esperar que os
jornalistas todos do Maranhão tenham que viver sob proteção especial.
Uma coisa que não se compreende, só
para citar um
exemplo, é porque ainda se permite
essa proliferação
de motos no país. Motos são os
novos cavalos dos
pistoleiros mascrados e não faz
muitos dias um
jornalista que denunciava grupos de
extermínio foi
assassinado por dois homens em uma
moto. Décio Sá
foi morto do mesmo jeito, Luis
Cardoso está sendo
ameaçado.
Ninguém se sente seguro. Ninguém
nos meios políticos,
Nenhum dos profissionais de
imprensa do Maranhão.
PREZADO CUNHA SANTOS,
ResponderExcluirINFELIZMENTE O NOSSO PAÍS ESTÁ MERGULHADO EM UM DESERTO SEM SAIDA. O PROBLEMA DA CRIMINALIDADE VEM AFETANDO A POPULAÇÃO BRASILEIRA DE UMA MANEIRA TAL QUE NÃO TEMOS MAS ESPERANÇA DE SAIRMOS DE CASA E CHEGAR VIVO. O MEDO É GERAL. COLOCAMOS GRANDES NAS CASAS, NO COMERCIO, NAS ESCOLAS, FICAMOS PRESOS DENTRO DA NOSSA PROPRIA RESIDENCIA. OS BANDIDOS ESTÃO ARMADOS E SOLTOS, O CIDADÃO DE BEM NÃO PODE ANDAR ARMADO. O CHAMADO DIREITOS HUMANOS SÓ ACODE BANDIDOS. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE SÃO ASSASSINOS ESTRUPADORES VIOLENTOS, MAS A LEI DIZ QUE ELES COMETERAM ATO INFRACIONAL. NÃO SE PODE REVELAR O NOME, NÃO PODE SER FOTOGRAFADO E QUANDO COMPLETAM 18 ANOS A FICHA É LIMPA, APAGA-SE DESSES CRIMINOSOS TODO O MAL QUE COMETERAM PARA UM SER HUMANO. ISSO É REVOLTANTE, AI GERA OUTRA REVOLTA QUE É A JUSTIÇA COM AS PROPRIAS MÃOS. OS CONGRESSISTAS NÃO FAZEM NADA PORQUE ELES ESTÃO QUASE SEMPRE BEM PROTEGISO POR SEGURANÇAS ETC.
ACHO QUE INFELIZMENTE NOSSO PAÍS NÃO ESTÁ PREPARADO PARA VIVER UM REGIME DEMOCRATICO.