terça-feira, 16 de abril de 2013

Interpelação da Mirante

JM Cunha Santos

Burlando todas as obrigações legais de uma concessão pública, e já há muito tempo, a TV Mirante pode ter de encarar uma interpelação que não se sediará somente na Justiça, mas também na Rede Globo de Televisão. Explicamos: O Dr. Peta escreveu no último domingo que não tem um dia que o JM TV 1ª Edição e o JM TV 2ª Edição não abram com matérias contra a Prefeitura de São Luís. E acrescentou: É um verdadeiro massacre diário feito por um canal de televisão que é uma concessão pública.
Com essa perseguição, conforme ainda o Dr. Peta, a família Sarney usa uma concessão pública não só para fazer campanha de seu grupo político como para tentar destruir os adversários, numa covardia sem precedentes na história da comunicação nacional. Ao mesmo massacre foi submetido o ex-prefeito João Castelo, o que confirma que a concessão pública está sendo usada para atender a interesses ulteriores de um mesmo grupo político. É ilegal, é imoral e engorda.
Parece que a matéria chamou a atenção dos advogados da Prefeitura, pois corre solto o comentário de que a forma como está sendo usada essa concessão será objeto de interpelação tanto na Justiça quanto junto à TV Globo, emissora a qual a TV Mirante é afiliada. É bom mesmo que a Justiça avalie o uso dessa concessão, pois na TV Mirante não circulam opiniões divergentes, não há uma política de informação objetiva e as únicas funções sociais que cumpriram até agora foram as de defender o governo e reeleger Roseana Sarney.
Quando uma equipe da TV Mirante chega a uma via esburacada em São Luís e encontra uma equipe da Prefeitura trabalhando, se muda imediatamente para outro local onde vai gerar imagens que permitam os ataques diários contra o prefeito de São Luís. Um político de oposição só é ouvido na TV Mirante se alguma possibilidade houver dele mudar de lado. Mas o que configura o uso indevido da concessão é, de fato, o massacre editorial diário e ininterrupto contra os adversários políticos do grupo Sarney. 

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