JM
Cunha Santos
Rapaz,
não é que disseram na mídia eletrônica do Palácio dos Leões que Gastão Vieira
tem vergonha de pertencer ao grupo Sarney e por isso não será candidato a
senador. Se sente vergonha, já podia dela ter morrido, tanto tempo que faz
desse pertencer. Nas enciclopédias, vergonha é uma condição psicológica e uma
forma de controle religioso, político, judicial e social.
Consiste
de idéias, estados emocionais e um conjunto de comportamentos induzidos pelo
conhecimento ou consciência de desonra, desgraça ou condenação. Nada que um
Ministério aqui outro ali não supere. E acrescenta que a pessoa pode sentir que
sua dignidade foi particularmente perdida, seja por fazer parte de um grupo que
é socialmente estigmatizado ou por vivenciar o ridículo.
Se,
portanto, tem vergonha, Gastão Vieira tem lá suas razões. Mas quem são estes de
hoje a condená-lo por isso. Já faz tempo que a própria Roseana retirou de suas
campanhas o nome Sarney. E até onde se sabe, havia um plano para desvincular
Luis Fernando Silva do nome e das práticas políticas do grupo. Saiba-se, pois,
que não é Gastão o único a sentir vergonha.
O
mais novo candidato do governo, Edinho Lobão já demonstra também a necessidade
de desvincular sua campanha do nome Sarney. Disse, em entrevista recente, que a
família Sarney é a família Sarney; a família Lobão é a família Lobão. “Eles tem
um jeito de fazer política, nós temos outro”, descartou.
Tanta
vergonha, neste momento, entre os que nunca demonstraram nenhuma vergonha, tem
um viés eleitoral. É que o próprio povo está com vergonha de votar em
candidatos vinculados a Sarney, principalmente pela forma vergonhosa como o
Maranhão se destaca na imprensa nacional e internacional. E como quem tem
vergonha não envergonha outro, chega de tanta sem-vergonhice.
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