PSDB vai indicar o candidato a vice, enquanto o PSB participa com o
candidato da chapa ao Senado
Aécio, Flávio e
Brandão: PSDB na frente anti-Sarney
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SÃO LUÍS – O senador e pré-candidato
do PSDB à Presidência, Aécio Neves, oficializou nesta sexta-feira o apoio à
candidatura de Flávio Dino pelo PCdoB ao governo do Maranhão. Na aliança com o
PCdoB, o PSDB vai indicar o candidato a vice – apontado por Aécio como o
presidente da legenda no Maranhão, deputado federal Carlos Brandão -, e compor
uma verdadeira frente anti-Sarney que reúne ainda o PSB, de Eduardo Campos, que
já indicou como candidato da chapa ao Senado o vice-prefeito de São Luís,
Roberto Rocha, boa parte da militância do PT, o PTC do prefeito de São Luís,
Edivaldo Holanda Júnior, e o PDT.
- As realidades regionais se
sobrepõem à conjuntura nacional. E no Maranhão sou Flávio Dino da cabeça aos
pés – avisou.
Flávio Dino que também apoia a
presidente Dilma Rousseff comemorou o apoio do PSDB no que ele classificou de
aliança para derrotar a oligarquia mais antiga da história do País.
- Há momentos na história em que a
união é essencial para derrotar o “mal supremo”.
O ex-presidente da Embratur no governo
Dilma lamentou a ausência oficial do PT em sua chapa e classificou de cartorial
parte do partido de Lula que optou pela “campanha do fascismo e do
coroneslismo”.
O diretório regional do PT no
Maranhão deve continuar apoiando a família Sarney e o seu candidato, Edinho
Lobão (PMDB), filho do ministro da MInas e Energia, Édison Lobão, que em
recente entrevista à Rádio Mirante AM, de propriedade da família Sarney,
ofereceu R$ 20 mil para quem apresentasse denúncias fundamentadas contra Flavio
Dino no período que em que ele esteve à frente da Embratur.
Na cerimônia para oficializar o apoio
a Dino, Aécio também estendeu o braço ao senador José Sarney (PMDB). Durante
entrevista coletiva, o tucano prometeu que vai concluir a Ferrovia Norte-Sul,
idealizada por Sarney quando ocupou a Presidência em 1987.A obra foi paralisada
durante os oito anos da gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso e retomada
durante o governo Lula.
Quando questionado o porque de o
próprio governo do PSDB ter paralisado as obras da Norte-Sul, que agora
prometia concluir, laconicamente respondeu:
- Eu não estava no governo.
A retomada da Norte-Sul, de acordo
com o pré-candidato do PSDB, fará parte da política de seu governo de investir
em infraestrutura e retomar todas as obras paradas no governo Dilma que se
espalham pelo país.
- Há uma incapacidade do atual
governo em conduzir os investimentos de forma adequada. O Brasil virou um
grande cemitério de obras inacabadas – disse.
Aécio Neves também prometeu modificar
as relações da União com os Estados e Municípios, que foram massacrados durante
os governo do PT, em especial na área da saúde, classificada por ele como uma
tragédia nacional que penalizou a população e os prefeitos.
- Quando o PT assumiu o governo, a
União participava com 54% dos investimentos na área da saúde, e 11 anos depois,
é participa apenas com 45%. E isso significa que os prefeitos pagam a maior
parte dessa conta – calculou.
Sobre as recentes pesquisas
eleitorais, Aécio Neves ressaltou que o importante dos números divulgados pelo
Datafolha não são os da intenções de votos, mas os que detectam o sentimento de
mudança em 74% da população.
- E há um dado que identifica a nossa candidatura
como aquela que tem as melhores condições de fazer as mudanças que o país
precisa – disse.
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