JM
Cunha Santos
Concede-me,
Deus – à graça
Eu
quero construir pessoas e tentei
de
provar a volúpía sem carne -
o
direito à fornicação celestial
a
das almas todas que se lambem
Concede-me,
pois, o pudor mediúnico
dos
que se regridem defumados pelo amor
e
quando tento quebra alguma coisa
racham,
não se materializam em vivos
partem-se
ao meio, quebram nos cantos
como
estátuas velhas de fumaça e cocaína
poeiras
dos meus sentimentos ancestrais
Concede-me
desse orgasmo moribundo
o
risco sempre das palavras sem plural
para
o gozo da alma cheia de ataduras
-
não estou velho, estou sendo repetido –
ferida
de dores que nunca são as mesmas
e
de transas poéticas nas bocas das vestais
Concede-me,
pois, as bacanais fluentes
o
prazer sem braços, o beijo sem salivas
o
fluxo sem corpo de desejos concedidos
o
êxtase sem pele nas glândulas dos deuses
para
turvação imaterial dos meus sentidos
e
filhos e filhas que não se quebrem jamais
...me permite sugar o colostro da tua alma e elevar a minha fúria selvagem de prazer a maior elevação do desejo carnal, sem por um instante sequer desviar da criação...
ResponderExcluirò mágico de Oz, o comentário tem a força de um poema. Obrigado e parabéns.
ExcluirPoeta, eu que agradeço pela atenção.
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