JM
Cunha Santos
Tenho
advertido diversas vezes nesse blog que o Maranhão corre um sério perigo com a
candidatura a governador escolhida por Sarney. Tenho revelado toda minha
indignação com alguns fatos dessa campanha. Mas não sei como descrever o que
sinto agora.
É
possível que uma criança morta em virtude de erro médico seja usada de forma
tão pusilânime numa disputa política? Não sei do que possam ser feitas essas
pessoas, mas certamente não é do mesmo barro que Deus fez o homem. Gostaria de
perguntar-lhes o que sentem se alimentando de uma imundície desse tamanho, se
têm filhos, se foram, algum dia, alcançados por alguma emoção.
Acho
que não são daqui, que nunca viram uma flor e, menos ainda, depararam de
surpresa com o sorriso de uma criança em suas direções. Não consigo nem
insultá-los, porque faltam adjetivos e os advérbios fogem na hora de descrever
a que ponto as pessoas podem chegar por alguns míseros trocados. E quem paga por
isso, meu Deus, quem pode ser capaz de pagar e ordenar tamanha crueldade?
Almas
assim chafurdam na lama, são almas malditas, sem direito a mães, pais, nem
filhos, sem direito à luz do sol.
Essas
coisas estão acontecendo no Maranhão, no dia dos Pais, no dia dos Filhos. Essa
gente está aqui e não entendo porque estão aqui. Não é o seu lugar. Aqui
existem crianças e eles não podem ficar no mesmo lugar que uma criança. Estão
aqui, se misturaram com seres humanos.
E
isso dói.
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