O Tribunal de
Contas da União deve determinar amanhã a indisponibilidade dos bens da
presidente da Petrobrás, Maria das Graças Foster, afirmou ontem o ministro da
Corte José Jorge. Segundo ele, a medida representa uma correção na decisão
tomada há duas semanas, em que Foster não foi incluída entre os diretores da
estatal que respondem pelo prejuízo de US$ 792,3 milhões ocasionado pela compra
da refinaria de Pasadena, nos EUA. Jorge foi autor do acórdão aprovado, por
unanimidade, pelos outros oito ministros do TCU em 23 de julho. Graça não foi
mencionada pelo Ministério Público, autor da representação Nestor Cerveró,
diretor internacional. Mas, no fim das negociações, decisões foram tomadas por
outra composição da diretoria, que incluía Graça Foster, sucessora de Sauer, e
Jorge Zelada, sucessor de Cerveró. José Jorge atribuiu a falha a auditores do
TCU. "Por um engano, se colocou tudo na mesma diretoria. Os auditores não
viram que tinha mudado de diretoria", disse.
A determinação de
indisponibilidade de bens é necessária para garantir que os cofres públicos
sejam ressarcidos se, no fim do processo, o prejuízo for confirmado e houver
condenações.
No dia 23, o TCU
aprovou a sugestão de Jorge de realizar uma Tomada de Contas Especial sobre o
caso de Pasadena. Na ocasião, 11 diretores da estatal foram listados entre os
possíveis culpados por prejuízos causados à Petrobrás por causa do fechamento
do negócio ao todo, a perda da estatal foi de US$ 792,3 milhões, segundo o
TCU. Se a correção for aprovada, além de Graça, Zelada também poderá engrossar
essa lista.
Entre 11 possíveis
responsáveis pelo prejuízo, segundo o relatório de Jorge aprovado pelo TCU,
estão o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, Cerveró e o exdiretor
de Abastecimento Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal na Operação
Lava Jato e acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro. (Leia mais
no site “O Estado de São Paulo)
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