quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Crime e castigo

Editorial, JP 11 de setembro

Cercado de denúncias de corrupção, o governo do Estado insiste em castigar o povo de São Luís. Exatamente o povo que no Maranhão mais tem manifesto a vontade de por fim ao Império do último coronel do Brasil, José Sarney. Ataca o povo e ataca o prefeito, não firma qualquer tipo de convênio com a cidade e conseguiu arrancar à Prefeitura R$ 40 milhões em apenas 1 ano e 8 meses.
A crise econômico-financeira dos municípios brasileiros é, naturalmente, também a crise de São Luís. Mas apenas com recursos próprios e solitária parceria com o governo federal, sem qualquer ajuda do Estado, o que só acontece aqui, a evolução administrativa do município é inegável. Evolução que se percebe na saúde pública, onde novas unidades são inauguradas e outras recuperadas. O esforço do prefeito Edivaldo faz vislumbrar a solução para um dos problemas mais crônicos da capital do Estado: os hospitais de emergência já não são depósitos de doentes e as consultas, hoje, são marcadas em mais de 20 diferentes pontos da capital.
A educação no município também evoluiu, com criação de vagas para mais 25 mil alunos e transporte escolar garantido a 5 mil estudantes. O governo só entregou  ônibus escolares depois que a oposição descobriu que eles existiam. A recuperação gradativa da malha viária da capital é outra conquista histórica, assim como as intervenções que melhoram o fluxo do trânsito. E nada menos que 21 mil moradias serão entregues até o final da gestão do prefeito Edivaldo.
Mas talvez o que mais irrite o governo do Estado seja a honestidade do prefeito Edivaldo. Enquanto o prefeito está em primeiro lugar em Transparência, em todo o Brasil, um verdadeiro prêmio de combate à corrupção, o governo e seus governantes não saem mais do noticiário policial. Por isso, Edvaldo pode comemorar junto com sua família, em uma festa suntuosa, o aniversário de São Luís. Entre os do governo, há os que se saírem nas ruas fatalmente serão vaiados.
E esta semana a irritação aumenta. O prefeito estará entregando à população um conjunto de realizações: escolas, unidades habitacionais, praças, títulos de propriedade, unidades de saúde e casas de assistência social. E o governo prometeu, mas não construiu ou não terminou a Ponte 4 Centenário, a Avenida Metropolitana, a Via Expressa, dentre outras obras.
Faz o governo do Estado, em São Luís, uma única e grande obra: furar a cidade. A Caema cava em São Luís, a exemplo do Renascença I, buracos que nunca vai tapar. E, enquanto a Caema cava a cidade, o governo do Maranhão cava para si mesmo um destino incerto e perigoso. Parecido com aquele do romance de Dostoievsky, Crime e Castigo.

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