JM
Cunha Santos
Das
conversas secretas de um doleiro encarcerado, de um executivo da Petrobrás
preso e em regime de delação premiada, de uma contadora que ainda pode ir parar
na prisão, de um advogado que acaba de ser solto e de um diretor da
Penitenciária de Pedrinhas que acaba de ser preso. E, também, de homens
acusados de armar uma emboscada contra jornalistas no município do Maranhão e que
foram parar na cadeia.
É
através dessas pessoas que se produz, hoje, a maior parte do noticiário nacional
sobre o Maranhão. Sem contar, naturalmente, o que escreve a mídia nacional
sobre decisões que podem ser tomadas a qualquer momento pelos tribunais
superiores do país (STJ e STF) com relação
ao governo, altos funcionários do governo, o candidato Edinho Lobão e
até um ministro maranhense, Edison Lobão.
Estamos
na “Veja”, na “Isto É”, na “Época” no “Folha de São Paulo”, em “O Globo”, no “Estado
de São Paulo”, na “TV Globo”, na “TV Bandeirantes”, na “TV Record”, enfim, o
Maranhão viaja pelo noticiário policial do mundo todo, com uma celeridade e
constância de fazer inveja aos mais poderosos mafiosos do mundo. Uma vergonha
sem precedentes na história da República brasileira, um momento de verdadeiro
desvario institucional. E aqui quem fala sobre corrupção é imediatamente processado,
como se o crime coubesse a quem o denuncia e não a quem o comete.
Não
devia ser assim, mas a Refinaria Premium virou chão de terra batida, os
banheiros de ouro se espalharam, as malas pretas invadiram a cidade e uma
sucessão de escândalos deixou o Estado na pauta de todos os processos, nas
revelações de todos os depoimentos, nas apurações de todos os inquéritos do
país.
A
vítima principal de toda essa decadência é o povo. Os responsáveis por ela, só
o que querem é o voto da população. E que agüente o nosso Estado.
Aguenta,
Maranhão!
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