JM
Cunha Santos
O
maranhense soube, ontem, porque seus filhos eram obrigados a estudar em escolas
de taipa, de palha e galpões durante o governo Roseana Sarney. Dinheiro da
educação foi desviado para comprar mansões, carros de luxo, joias e relógios
que chegavam a custar mais de 20 mil reais cada um. E esse crime se refere
somente ao roubo de R$ 34 milhões da Univima. Não se sabe, ainda, o que
aconteceu em todo o restante Sistema Estadual de Educação.
A
revelação foi feita na tarde desta quarta-feira durante entrevista coletiva a
que compareceram o secretário de Segurança, Jefferson Portella, o secretário de
Transparência e Controle, Rodrigo Lago, o delegado-geral Augusto Barros, o
promotor de Justiça Jose Osmar Alves e o delegado Manoel Almeida.
O
crime na Univima ocorreu entre os anos de 2010 a 2013, período de gestão dos
secretários Olga Simão e José Costa. Mas podem apostar que, no mínimo, eles vão
dizer, como Roseana Sarney na Lava Jato, que estão perplexos.
Nessa
operação, foram presos, por enquanto, Paulo Giovanni Aires Lima, José de
Ribamar Santos Soares, Inaldo Damasceno Correa e Valmir Filho. Com salários em
torno de 2 mil e 200 reais, desfilavam de Corolla, Ford Fusion, SW4, Hillux e
até um Porsche Cayenne no valor de R$ 300 mil.
Enquanto
isso, faltava merenda escolar, faltava transporte para os estudantes do
Maranhão. Sobre o assunto, declarou o secretário de Segurança Pública,
Jefferson Portella: “Esses desvios não atingem apenas o patrimônio de forma
individual, mas lesa a coletividade. O sistema penal não deve olhar nomes,
sobrenomes e cargos”.
Esse
é um crime. Vamos ver o que ainda vem por aí.
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