Editorial
JP, 29 de julho
Os
156.584 hectares dos Lençóis Maranhenses, entre os municípios de Barreirinhas,
Primeira Cruz e Santo Amaro do Maranhão, formam um dos mais belos espetáculos
da natureza em todo o mundo, um íntimo e instigante deserto cercado de oásis
por todos os lados, com 270 Km de
extensão e 90 mil hectares de dunas livres e lagoas de água doce.
Dito
assim soa como matéria de anúncio turístico, mas, no caso, é preciso ver para
crer o oceano de belezas que oculta o empobrecido estado do Maranhão.
Essa
a missão que se impôs a equipe de reportagens da TV Record que em 5 episódios
com duração de 15 minutos, (Terra das águas) exibirá alguns dos principais
valores culturais, turísticos e ecológicos do Maranhão, incluindo São Luís,
Lençóis Maranhenses, Delta das Américas e Chapada das Mesas. Para todo o Brasil
e mais 150 países, através da Record Internacional. Como disse a secretária de
Turismo, Delma Andrade, “nossa expectativa é que as reportagens apresentem
parte das inúmeras experiências que o turista poderá vivenciar em nosso
Estado”.
E
vivenciará, mesmo, sempre que aqui vier, percorrendo o “caminho das águas”,
abalroando as 73 ilhas do Delta das Américas, fincado no Delta do Rio Parnaíba
e o fabuloso encontro do rio Parnaíba com o Oceano Atlântico. O Delta do rio
Parnaíba é, provavelmente, o único delta em mar aberto, somente comparável aos
deltas do rio Mississipi, nos EUA, rio Nilo, no continente africano e rio
Mekong, na Ásia.
A
Chapada das Mesas, já descrita como um paraíso rodeado de árvores retorcidas e
paredões de rochas, abriga 89 cachoeiras, inclusive as impressionantes
cachoeiras gêmeas, em Carolina, e 400 nascentes de águas cristalinas. Outro
espetáculo de beleza esfuziantes, no sul do Maranhão, entre os municípios de Carolina,
Riachão e Estreito.
Descrita
em milhares de canções e toadas, a cidade de São Luís reúne um dos maiores
acervos arquitetônicos coloniais de que se tem notícia no Brasil. É a terra das
grandes diversidades culturais populares, ornada pela magia dos tambores
indígenas e africanos e dona de uma poesia tão pungente que afeta a grande
maioria da população, incluindo as “lentas ladeiras que sobem angústias”, os
beirais, azulejos, um verdadeiro estuário de encantamentos, lendas e paixões.
Será
este, certamente, um conjunto de reportagens que encantará o turismo, visto
que poucas terras no mundo sabem ser tão bonitas como aqui; uma aventura
magistral para os repórteres e para os olhos do telespectador desavisado e
surpreendido com as belezas naturais e culturais do Maranhão.
Não
esquecendo que a série de reportagens focará também os graves problemas sociais
nessas regiões, tão antigos, mas que, ainda assim, haveremos de vencer. Afinal,
há muita coisa no Maranhão que o mundo precisa ver.
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