domingo, 18 de outubro de 2015

Acabou a farra: Número de fugas na Penitenciária de Pedrinhas já é 77 % menor que em 2014



A ocorrência de fugas no Sistema Carcerário do Maranhão, ao longo dos anos, se manteve como um problema crônico, impossível de ser combatido diante do descaso com que foi tratada a questão prisional. O Governo do Estado, entretanto, em poucos meses de gestão, já provou que é possível enfrentar o cenário histórico, e este mês apresentou um balanço real que demonstra uma redução expressiva de mais de 77% nos índices de 2015, em relação aos primeiros nove meses de 2014.
Os dados são da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Sejap). “De janeiro a setembro deste ano, registramos 20 fugas em todo o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. O número, obviamente, não é bom, e por isso o temos combatido. Mas é 77,27% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 88 ocorrências de fugas foram confirmadas oficialmente pela pasta, somente nas unidades prisionais, em Pedrinhas”, lembrou o secretário Murilo Andrade de Oliveira.
Para se ter uma ideia real do avanço alcançado nesse quesito, na atual gestão, nos meses de janeiro, maio e setembro deste ano nenhuma fuga foi registrada no complexo prisional da capital. Em contrapartida, o número de ocorrências dessa natureza, registrado em 2014, foi progressivamente alarmante. “Em janeiro do ano passado foram cinco fugas, em Pedrinhas. Em maio esse número dobrou: foram 10 fugas. E em setembro foi alarmante: 43 fugas”, recordou o titular da Sejap.

Fugas frustradas


Também foi verificado, este ano, outro grande salto no trabalho de segurança preventiva, dentro do sistema prisional do estado. De acordo com a Secretaria Adjunta de Segurança Penitenciária (SASP), pelo menos 13 tentativas de fugas foram frustradas, este ano, no Complexo de Pedrinhas, por meio de procedimentos e levantamentos coordenados pela Superintendência de Segurança Penitenciária. O segredo foi intensificar diariamente as revistas em todos os presídios.
“Interceptamos oito dessas tentativas de fuga com os detentos ainda dentro das celas, com princípio de túnel ou com grades serradas. Nas outras cinco, os internos foram detidos ainda no perímetro do presídio. Essa intensificação nas revistas diminuiu significativamente a quantidade de materiais ilícitos nas unidades, e, consequentemente, as fugas”, explicou o superintendente Márcio Guimarães, que mantém comunicação direta, via rádio, com todos os presídios do complexo prisional.
Diante da mudança notória pela qual o sistema carcerário maranhense tem passado, o Governo do Estado tem garantido, portanto, não apenas mais segurança nos presídios, como rigor nas investigações e disciplina aos autores de qualquer conduta criminosa. “A Sejap não tem tolerado esse tipo de prática. Ao contrário, temos lavrado os Processos Disciplinares Internos (PDI’s) em desfavor de todos que nela se envolvem, sejam detentos ou mesmo servidores”, completou o secretário de Estado.
Nas operações de contenção e resgate, a superintendência especializada da Sejap conta com o apoio de alguns grupos de elite da Polícia Civil, como o Grupo de Resposta Tática (GRT); e da Polícia Militar, entre os quais o Serviço de Inteligência (SI), o Comando de Policiamento Especializado (CPE); e do Centro Tático Aéreo (CTA). Completa esse reforço indispensável no trabalho preventivo nos presídios o Grupo Especial de Operações Penitenciárias (GEOP) do sistema prisional. 
Mais

Nos índices macros, a redução no número de fugas deste ano é bem mais relevante, em comparação com os quantitativos registrados em 2014. Contabilizando todas as unidades prisionais instaladas em São Luís, de janeiro a setembro do ano passado foram registradas 85 fugas, contra 28 no mesmo período de 2015, diferença que representa uma redução de 67,06%. Em todo o Maranhão, o número de fugas, nesse intervalo, caiu de 108 para 52 ocorrências, ou seja, -51,85%.

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