Agência O Globo
Cinco policiais de
Dallas, no Texas, foram mortos e outros seis ficaram feridos por disparos de
dois franco-atiradores na noite de quinta-feira. Os tiros aconteceram durante
um protesto na cidade contra dois assassinatos de negros por policiais em menos
de 24 horas, nos estados de Louisiana e Minnesota. Um dos policiais morreu
durante uma cirurgia. Um civil que estava entre a multidão, de cerca de mil
pessoas, também foi ferido.
Três suspeitos
foram detidos depois do tiroteio com a polícia de Dallas, informou o chefe da
polícia local, David Brown. Entre eles está uma mulher.
Autoridades tentam
negociar com um quarto suspeito em uma garagem no centro da cidade. Brown disse
que não tinha a certeza se há mais pessoas envolvidas além dos três presos e do
homem entrincheirado.
Brown afirmou que
os disparos foram realizados por dois atiradores que atiraram para baixo
durante a manifestação na área central da cidade.
Testemunhas
disseram que ocorreram dezenas de disparos com fuzis semiautomáticos.
Vídeos na Internet
mostram quando os tiros começaram, provocando pânico entre os manifestantes.
Centenas de pessoas
participaram da manifestação em Dallas, que terminou momentos antes do início
do tiroteio, às 21h (23h em Brasília).
Em grandes cidades,
como Nova York e Chicago, grandes marchas chegaram a parar trechos importantes
das cidades no início da noite desta quinta-feira.
OBAMA PEDE REFORMA POLICIAL
“Este é um problema
americano”, afirmou o presidente dos EUA, Barack Obama, ao comentar, de
Varsóvia, os dois assassinatos de negros por policiais em Louisiana e
Minnesota. A secular tensão racial americana ganhou novos contornos com a
tecnologia: os dois casos foram filmados e, o último, transmitido ao vivo pelo
Facebook, gerando uma onda de protestos em todo o país. Obama pediu que as
polícias locais implementem as reformas sugeridas por uma força-tarefa no ano
passado, após outros casos semelhantes.
— Estes não são
incidentes isolados, são sintomáticos de um conjunto mais amplo de disparidades
raciais em nosso sistema criminal — afirmou Obama, que viajou à Europa para a
cúpula da Otan, afirmando que casos como estes têm se repetido muitas vezes. —
Todos nós, como americanos, devemos ficar perturbados por estes tiros.
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