Editorial JP, 6 de outubro
Sempre foi a saída preferencial dos
derrotados, mistificar os resultados eleitorais com discursos, cálculos e
prognósticos fora da realidade. A oposição sarneisista, com base em resultados
como os de Imperatriz e Bacabal, nos quais os candidatos do governo saíram
derrotados, tenta esconder a acachapante derrota do grupo Sarney. Ora, o PC do
B, partido do governador, saltou de 16 para 46 prefeitos e os partidos que
enfrentaram o PMDB & Cia elegeram 150 dos 217 prefeitos do Estado. Os
candidatos dos Sarney na capital São Luís, foram todos derrotados. O candidato
do PMDB, Fábio Câmara, não obteve sequer 4 % dos votos e o PC do B é hoje o
partido mais forte do Maranhão.
Embora seja preciso registrar que a situação
política do país, somando-se aí o caos econômico e as denúncias de corrupção,
pesou contra muitas reeleições pretendidas, no Maranhão se reafirma a hegemonia
eleitoral das forças que derrotaram o grupo Sarney em 2014. Flávio Dino se
firma como uma liderança assentada num projeto político completamente novo e
inusitado para um estado que viveu meio século sob o tacão de um regime
sustentado no abuso de poder econômico, na fraude, no superfaturamento de obras
e pecados outros ainda mais graves, como a agiotagem que arrasou economicamente
inúmeros municípios do Estado.
O deputado Othelino Neto citou o exemplo
do Partido Verde, espécie de sustentáculo eleitoral permanente do deputado
federal Sarney Filho. Conforme Othelino, o Partido Verde foi praticamente
extinto do mapa eleitoral do Maranhão. O PMDB foi cortado ao meio pelo eleitor.
Elegeu 47 prefeitos em 2012 e saiu dessas eleições com apenas 23. E o eterno
chefe político de Coroatá, Ricardo Murad, parente da ex-governadora Roseana
Sarney, perdeu em seu município para um garoto de apenas 22 anos, Luís da
Amovelar Filho.
São indicativos de que o eleitor
maranhense decretou, definitivamente, o fim da era Sarney, como frisou o
próprio governador Flávio Dino. Uma era lamentável, sustentada numa política
subterrânea de privilégios que arrasou a agricultura no Estado, patrocinou a
insegurança pública, tratou com desrespeito e crueldade o magistério e cuidou
muito mais de seus próprios negócios que dos negócios de Estado.
O povo maranhense, assim como o
brasileiro, quis derrotar a corrupção. Por isso, derrotou Sarney, seus
herdeiros, correligionários e apaniguados.
A derrota revela a opção dos maranhenses
por esse novo modelo de gestão pública que privilegia a justiça social e aplica
com honestidade e transparência os recursos dos estados e da Nação.
Eu, pergunto aos: PF, MPF e outros órgãos que fazem com transparência investigações a "CORRUPTOS" porque ainda não abriram "INQUÉRITOS" contra o "CACIQUE" Sarney e suas "SARNEYZADAS? É isso que me "inculca", todos são citsdos e respondem, já SARNEY foi citado e até agora "NADA". Obrigado
ResponderExcluirEu discordo da matéria,o governador foi o grande perdedor,usou de autoritarismo para consegui esta vitória vertical,na política só tem sustentábilidade quando é organica.veja o caso de Barreirinhas, onde juntaram os dois grupos antagônicos para impor uma derrota. Que sirva de exemplo.
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